quarta-feira, janeiro 04, 2006

A questão de Guantánamo

Cuba é uma ilha da América Central com pouco mais de 110 mil km2, com uma população em torno de 11 milhões. Foi colônia de Espanha por quase quatrocentos anos. Em 1898, os EUA, declaram guerra a Espanha, que com um exército bastante debilitado não consegue resistir a pressão americana e abandona a ilha do caribe, que se compromete com o processo de independência cubana, que vai ocorrer somente em 1902, portanto, os americanos dominaram completamente a ilha explorando suas riquezas naturais e sua produção tropical, em especial o tabaco, açúcar.A instauração da República de Cuba – acompanhada pela emenda PLATT, de caráter imperialista, a qual permitia que os EUA, interviessem na ilha assim que ache necessário, além do controle do controle de uma área onde estava instalada a base naval da marinha americana – A Base de Guantánamo – que fica em território cubano.A Revolução Socialista em 1959 e logo depois a aproxima,ao com a URSS (disputava com os EUA a hegemonia do planeta – a chamada “guerra fria”) foram incapaz de recuperar o território de Guantánamo que continua sob domínio americano. O governo cubano reivindica o território, mas falta-lhe apoio internacional para a questão.A presença militar na base aumenta agora com os últimos acontecimentos, quando os EUA, optam pela utilização da base como prisão para os membros do Talibã e da al-Qaeda.Era o fato e o argumento que os EUA precisavam para aumentar sua presença militar na área (o número de prisioneiros não ultrapassará os 200).O século XXI, é o século dos grandes desafios. Defender a autodeterminação dos povos, o respeito étnico, cultural e religioso é questão de soberania.

(*) Carlos Pletsch é professor de Geopolítica e Geografia em Vassouras, RJ.

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