quarta-feira, janeiro 04, 2006

Evolução das Fronteiras de Israel


1. O plano de partilha da ONU (1947)
Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprova plano para partilha da Palestina, ou seja, a criação de Israel e de um Estado palestino

2. 1949, depois da fundação
Israel vence guerra com países árabes que não aceitaram a criação do país e expande fronteiras. Divisão de Jerusalém entre Israel e Jordânia

3. 1967, após a Guerra dos Seis Dias
Israel conquista o deserto do Sinai, a faixa de Gaza (Egito), a Cisjordânia, Jerusalém Oriental (Jordânia) e as colinas do Golã (Síria)

4. Atualmente
Após acordos de paz como o de Oslo (93) e de Wye Plantation (98), os palestinos controlam hoje dois terços da faixa de Gaza e 40% da Cisjordânia



Os conflitos

Em 14 de maio de 1948, uma resolução da ONU dividiu o território da Palestina entre árabes e judeus, criando o Estado de Israel.

Todos os regimes árabes da época rejeitaram a criação de Israel, e prometaram destruir o novo Estado judeu. Era o começo do conflito, que já dura mais de 50 anos.

Após vários anos de guerra, em 1967, Israel invadiu e tomou a Margem Ocidental (controlado pela Jordânia), incluindo a cidade de Jerusalém, as colinas de Golã (que pertenciam à Síria), e a faixa de Gaza (Egito).

A bem-sucedida invasão, que durou apenas seis dias, criou uma enorme quantidade de refugiados palestinos, que viviam nas áreas invadidas.

A partir da década de 70 começaram a surgir importantes grupos terroristas, como o Hamas e o Hizbollah, que, segundo Israel, têm o financiamento e a colaboração de países como Líbano, Irã e Síria.

Com a finalidade de se proteger de ataques terroristas contra o norte de seu território, Israel invadiu o Líbano, para onde os grupos terroristas fugiram depois de terem sido expulsos pela Jordânia.

Em 1993, o então primeiro-ministro israelense Yitzak Rabin (assassinado em 1995 por um extremista judeu) e o líder palestino, Iasser Arafat, fecharam o primeiro acordo que daria o controle da Margem Ocidental e da faixa de Gaza aos palestinos. Conhecido como o Acordo de Oslo, é a base para o processo de paz discutido entre Israel e a Autoridade Palestina.

O processo de paz

Jerusalém
Israel conquistou Jerusalém Oriental e a Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Tradicionalmente afirma que Jerusalém é sua capital eterna e indivisível. Os palestinos reivindicam a parte oriental da cidade como capital de seu futuro Estado

Os assentamentos
Mais de 170 mil judeus vivem em assentamentos nos territórios ocupados por Israel na Cisjordânia e na faixa de Gaza. Os palestinos afirmam que os assentados devem deixar os territórios



Água
Israel reivindica controle total dos recursos hídricos, incluindo os lençóis subterrâneos na Cisjordânia, cuja administração é reivindicada pelos palestinos

Refugiados palestinos
Há mais de 3,5 milhões de refugiados palestinos em países da região. Israel rechaça a idéia de permitir a volta de todos eles a seu território. Discute-se a autorização do retorno de pequena parte deles, em casos de reunificação familiar, e o pagamento de indenização aos outros refugiados

Fronteiras e segurança
A Autoridade Nacional Palestina quer uma Palestina independente, com poderes soberanos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental e faixa de Gaza. Diz que as fronteiras em relação a Israel devem voltar ao que eram antes de junho de 67. Israel diz que não voltará às fronteiras de 67

Egito
Foi o primeiro país da região a desafiar o boicote do mundo árabe e assinar, em 1978, um acordo de paz com Israel. Em troca da normalização de relações, recebeu de volta a península do Sinai e passou a ser aliado estratégico dos EUA. Atualmente, mantém uma "paz fria" com Israel: a cooperação econômica e cultural entre os dois países é bastante limitada

Líbano
Mantém, em seu território, um dos grupos terroristas mais atuantes contra Israel, o Hizbollah

Síria
Os dois países, que já se enfrentaram em três guerras têm disputa territorial nas colinas do Golã, ponto chave no diálogo de paz

Arábia Saudita
Critica o governo israelense pela "ocupação de terras árabes". O país, que é forte aliado dos EUA, poderia assinar acordo com Israel após a resolução das negociações com os palestinos e a Síria

Turquia
Aliada estratégia dos EUA e de Israel no Oriente Médio (os três países fizeram recentemente manobras militares conjuntas). Mantém relações diplomáticas e comerciais com Jerusalém e é um dos principais destinos turísticos entre os israelenses

Iraque
É, ao lado do Irã, um dos piores inimigos históricos de Israel. Durante a Guerra do Golfo (1991), o ditador Saddam Hussein lançou mísseis contra território israelense. Enquanto permanecer no poder, as chances de um acordo de paz são pequenas

Irã
É um dos maiores inimigos de Israel. Teerã financia os principais grupos terroristas que combatem Israel (Hamas e Hizbollah). O clero conservador iraniano adota discurso anti-sionista e anti-EUA para justificar uma ameaça externa e se manter no poder

Jordânia
Em 1994, o rei Hussein firmou um tratado de paz com Israel, o que possibilitou o fim da tensão e a abertura de pontos de passagem na mais extensa fronteira israelense. Seu filho, rei Abdallah, assumiu após sua morte, no início do ano, e mostra estar comprometido com a paz

Autoridade Nacional Palestina
Desde 1993, com os Acordos de Oslo, os palestinos vêm recebendo autonomia de governo nos territórios da faixa de Gaza e da Cisjordânia

Um comentário:

  1. Muito bem explicado, me auxilioudemais no trabalho da faculdade, pois vc desenvolveu um tema um tanto quanto confuso.

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