Usinas do Rio Madeira anunciadas esta semana por Lula colocarão no mercado brasileiro novos 6.450 MW - mais da metade da energia gerada por Itaipu -, e abastecerão quatro estados, inaugurando um novo ciclo de desenvolvimento e de industrialização na Região Norte do país
O governo federal anunciou na última semana a criação de um grupo de trabalho interministerial para incluir a construção das duas Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira nas licitações que, este ano, irão selecionar as empresas para construir seis usinas previstas para entrar em funcionamento em todo o país.
Com um investimento estimado em R$ 20 bilhões, as duas Usinas do Rio Madeira, que nasce na Bolívia e desemboca no Rio Amazonas cortando o estado de Rondônia, deverão colocar no mercado brasileiro mais 6.450 MW - mais da metade da energia gerada por Itaipu, a maior do mundo - se somando ao esforço para reduzir o déficit energético acumulado nos anos de FHC no Planalto.
Durante os 8 anos do governo anterior, o país viveu uma crise energética sem precedentes. A população foi obrigada a reduzir o consumo de energia, pagou mais caro e ainda conviveu com frequentes apagões em função da ausência completa de investimentos federais no aumento da geração energética brasileira.
Para evitar que isso aconteça novamente, o governo Lula começa a investir no imenso potencial hidrelétrico do Brasil. No caso do Rio Madeira, com grande potencial de navegação e integração regional, o projeto energético foi unido ao projeto de transporte, e congrega duas obras de energia com a Hidrovia do Rio Madeira.
DUAS USINAS
O projeto para a construção das Hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, no Rio Madeira, conduzido por Furnas Centrais Elétricas S/A em conjunto com a construtora Odebrecht contém, entre outras coisas, estudos de impacto ambiental e um inventário que elenca os recursos disponíveis e as possibilidades abertas pela obra.
Segundo Furnas, a construção das usinas viabilizará a navegação plena do Rio Madeira pois prevê a instalação de duas eclusas (portas que permitem a passagem de embarcações), liberando 260 km para o transporte de cargas e pessoas.
As hidrelétricas servirão ainda para integrar a infra-estrutura energética e de transporte entre o Brasil, Bolívia e Peru e a interligar o sistema elétrico dos estados de Rondônia, Acre, Amazonas e oeste do Mato Grosso.
Com esse aumento de geração de energia na Região Amazônica, municípios de quatro estados da Região Norte passarão a ser abastecidos pelas usinas do Rio Madeira. Com isso, deixarão de depender da energia e das redes de transmissão da Região Sudeste, inaugurando um novo ciclo de desenvolvimento, que possibilitará a instalação de indústrias e a geração de milhares de novos empregos.
ENERGIA DA ÁGUA
Ao contrário do parque energético norte-americano, baseado em termelétricas altamente prejudiciais ao meio ambiente pela emissão de gases de tóxicos e de efeito estufa, o sistema brasileiro é o mais avançado do mundo. Constituído basicamente de hidrelétricas, energia limpa, renovável e ambientalmente menos ofensiva, o parque energético brasileiro se utiliza de tecnologia de ponta para reduzir os impactos ambientais.
No caso do projeto do Rio Madeira, o tipo de turbina utilizada será a bulbo, uma das mais modernas em utilização no mundo, que não exige grandes reservatórios, mas sim grandes volumes e velocidade de água. Com isso, a área a ser inundada pela represa pode ser reduzida para aquela que já sofre cheias todos os anos. "Os estudos de engenharia adotaram cuidados para que os impactos na construção das usinas hidrelétricas sejam os menores possíveis", afirma Furnas.
MARIANA MOURA - Hora do Povo
O governo federal anunciou na última semana a criação de um grupo de trabalho interministerial para incluir a construção das duas Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira nas licitações que, este ano, irão selecionar as empresas para construir seis usinas previstas para entrar em funcionamento em todo o país.
Com um investimento estimado em R$ 20 bilhões, as duas Usinas do Rio Madeira, que nasce na Bolívia e desemboca no Rio Amazonas cortando o estado de Rondônia, deverão colocar no mercado brasileiro mais 6.450 MW - mais da metade da energia gerada por Itaipu, a maior do mundo - se somando ao esforço para reduzir o déficit energético acumulado nos anos de FHC no Planalto.
Durante os 8 anos do governo anterior, o país viveu uma crise energética sem precedentes. A população foi obrigada a reduzir o consumo de energia, pagou mais caro e ainda conviveu com frequentes apagões em função da ausência completa de investimentos federais no aumento da geração energética brasileira.
Para evitar que isso aconteça novamente, o governo Lula começa a investir no imenso potencial hidrelétrico do Brasil. No caso do Rio Madeira, com grande potencial de navegação e integração regional, o projeto energético foi unido ao projeto de transporte, e congrega duas obras de energia com a Hidrovia do Rio Madeira.
DUAS USINAS
O projeto para a construção das Hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, no Rio Madeira, conduzido por Furnas Centrais Elétricas S/A em conjunto com a construtora Odebrecht contém, entre outras coisas, estudos de impacto ambiental e um inventário que elenca os recursos disponíveis e as possibilidades abertas pela obra.
Segundo Furnas, a construção das usinas viabilizará a navegação plena do Rio Madeira pois prevê a instalação de duas eclusas (portas que permitem a passagem de embarcações), liberando 260 km para o transporte de cargas e pessoas.
As hidrelétricas servirão ainda para integrar a infra-estrutura energética e de transporte entre o Brasil, Bolívia e Peru e a interligar o sistema elétrico dos estados de Rondônia, Acre, Amazonas e oeste do Mato Grosso.
Com esse aumento de geração de energia na Região Amazônica, municípios de quatro estados da Região Norte passarão a ser abastecidos pelas usinas do Rio Madeira. Com isso, deixarão de depender da energia e das redes de transmissão da Região Sudeste, inaugurando um novo ciclo de desenvolvimento, que possibilitará a instalação de indústrias e a geração de milhares de novos empregos.
ENERGIA DA ÁGUA
Ao contrário do parque energético norte-americano, baseado em termelétricas altamente prejudiciais ao meio ambiente pela emissão de gases de tóxicos e de efeito estufa, o sistema brasileiro é o mais avançado do mundo. Constituído basicamente de hidrelétricas, energia limpa, renovável e ambientalmente menos ofensiva, o parque energético brasileiro se utiliza de tecnologia de ponta para reduzir os impactos ambientais.
No caso do projeto do Rio Madeira, o tipo de turbina utilizada será a bulbo, uma das mais modernas em utilização no mundo, que não exige grandes reservatórios, mas sim grandes volumes e velocidade de água. Com isso, a área a ser inundada pela represa pode ser reduzida para aquela que já sofre cheias todos os anos. "Os estudos de engenharia adotaram cuidados para que os impactos na construção das usinas hidrelétricas sejam os menores possíveis", afirma Furnas.
MARIANA MOURA - Hora do Povo
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