Fonte: Hora do Povo
“Cada ponto percentual de alta na taxa Selic custou cerca de R$ 500 milhões em juros para a população. É o efeito Meirelles”, declarou o assessor econômico da Federação do Comércio-SP, Altamiro Carvalho
Estudo realizado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) registra que entre outubro de 2004 e setembro de 2005 os brasileiros foram obrigados a pagar R$ 64,5 bilhões de juros - o equivalente a 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) - em financiamento de gastos e compras a prazo, empanturrando ainda mais os cofres dos bancos, financeiras e operadoras de cartão de crédito.
Os gastos dos consumidores com juros é quase que a totalidade da renda mensal das famílias brasileiras, que me 2004 totalizavam R$ 69 bilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Os consumidores gastaram em juros as astronômicas cifras de R$ 35,7 bilhões em 2001, R$ 43,1 bilhões em 2002, R$ 48,6 bilhões em 2003 e R$ 50,5 bilhões em 2004.
Os juros de escorcha sobre os consumidores, que impulsiona os lucros recordes das instituições financeiras ano após ano, também são potencializados pela Selic, taxa básica da economia determinada pelo Banco Central, que em setembro de 2004 estava em 16,25% e atualmente está em 19%. Segundo o assessor econômico da Fecomércio-SP, Altamiro Carvalho, “cada ponto percentual de alta na taxa Selic custou cerca de R$ 500 milhões em juros para a população. É o efeito Meirelles”.
O levantamento da Fecomércio-SP foi feito com base em dados do Banco Central e inclui todos os financiamentos, como cheque especial e crédito com desconto em folha.
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