Votação surpreendeu o presidente Viktor Yushchenko |
Na votação, 250 deputados, dos 450 que integram o Parlamento, aprovaram o voto contra o governo, que não tem efeito vinculante. Ou seja, o atual gabinente de governo pode continuar no poder de forma interina.
Pelo acordo fechado com a Rússia, que encerrou uma crise de três dias na semana passada em que o governo russo chegou a suspender o fornecimento de gás para a Ucrânia, o governo de Yekhanurov concordou em duplicar o preço pago pelo gás russo.
A disputa começou com a ameaça russa de quadruplicar o preço cobrado pelo gás natural exportado para o país vizinho.
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Ao chegar à capital do Cazaquistão nesta segunda-feira, durante uma visita oficial, o presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, disse que acredita que a votação do Parlamento para afastar o gabinete de governo foi inconstitucional.
No entanto, segundo a agência de notícias Associated Press, uma nova lei ucraniana estabelece que os parlamentares do país podem de fato afastar o gabinete de governo se pelo menos 226 dos 450 deputados aprovarem a medida.
Os ucranianos consomem cerca de 78 bilhões de metros cúbicos de gás ao ano e importam cerca de 60 bilhões de metros cúbicos.
O acordo fechado pela Ucrânia com a Rússia amplia de US$ 50 para US$ 95 (R$ 113 para R$ 215) o preço médio que os ucranianos vão passar a pagar por cada mil metros cúbicos de gás, principal fonte de energia no país.
Apesar de ter aceitado pagar mais pelo gás russo, a Ucrânia pretende diminuir as importações da Rússia e ampliar as importações mais baratas da Ásia Central. Por outro lado, os ucranianos vão pagar pelo transporte do gás asiático.
Com as mudanças, a conta de importação do gás ucraniano vai aumentar pelo menos US$ 2,9 bilhões (cerca de R$ 6,5 bilhões), de US$ 2,8 bilhões (R$ 6,3 bilhões) em 2005 para US$ 5,7 bilhões (R$ 12,9 bilhões) em 2006.
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