
da BBC Brasil
Um equipe de documentaristas russos registrou recentemente imagens dos surmas, povo que ocupa uma área remota no sudoeste da Etiópia e que não tinha contato com ocidentais há cerca de 35 anos.O documentário intitulado "Donga: Porque Nós Lutamos" foi realizado por Sergei Vertelov, Leonid Kruglov e sua equipe.O contato anterior dos surmas com o "homem branco" havia ocorrido durante um campanha de vacinação a poliomileite na década de 1970.
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Um documentário anterior feito pela mesma equipe mostrou a rota seguida por Aleksandr Bulatovich, um coronel russo que ajudou seus correligionários cristãos ortodoxos na Etiópia a resistirem aos poderes coloniais no final do século 19.A única novidade em seus costumes mantidos há séculos pelos Surma é a adoção do fuzil de assalto Kalashnikov.A arma é usada num momento em que os Surma enfrentam o povo Bumi, de Uganda, que ataca seu território.O documentário intitulado "Donga: Porque Nós Lutamos" mostra o depoimento de Aripula e seu filho adotivo. Eles falam da tradicional forma de combate - donga - ainda praticada para resolver divergências na comunidade. Há um código de conduta rigoroso para os lutadores. Eles estão proibidos de usar o bastão de madeira - a arma permitida na donga - como baioneta e não podem segurá-la na posição horizontal.Se um dos lutadores mata o oponente, uma de suas parentes é entregue para a família do morto como compensação.
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