quinta-feira, dezembro 29, 2005

Terra - Geologia pro vestibular resumo

O nosso planeta, situado na galáxia Via Láctea, é um dos inúmeros produtos da formação do Universo, iniciada pela grande explosão inicial (o “Big Bang”), cujas partículas ou “faíscas” resultantes originaram a matéria cósmica e os sistemas estelares, dentre eles, o Sistema Solar.

O SISTEMA SOLAR

Quando de seu nascimento, a Terra era uma bola incandescente que, ao resfriar-se ficou dura por fora e é aí que nós habitamos: na crosta terrestre. As etapas da formação do nosso planeta foram:

fase 1 – há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, uma espessa nuvem de poeira e gás formou o Sol. Partes dessa nuvem criaram partículas de rocha e gelo que, depois, unidas deram origem aos planetas;

fase 2 – as rochas que compunham a Terra, no seu início, apresentavam altos índices de radioatividade, o que provocou seu derretimento. Nesse período, os elementos químicos níquel e ferro se fundiram, criando o núcleo do planeta, cuja temperatura média é de 4.000º C. Os materiais que formam o interior da Terra apresentam-se em estados que variam do gasoso e líquido ao pastoso e sólido, sendo chamados de magma ou magma pastoso;

fase 3 – cerca de 4 bilhões de anos atrás, teve início a formação da crosta terrestre que, originalmente, era composta de pequenas plaquetas sólidas flutuando na rocha fundida. Nesse período, formava -se o manto, camada situada a 2.900 km abaixo da superfície e constituída de rochas deformáveis, pois menos rígidas. No manto, predominam ferro e magnésio, materiais de constituição pesada, e aí as temperaturas podem variar entre 200 a 3.000º C;

fase 4 – com o tempo, a crosta terrestre se tornou, crescentemente, mais espessa e os vulcões entraram em erupção, emitindo gases que geraram a atmosfera. Simultaneamente, o vapor de água se condensou, formando os oceanos;

fase 5 – há cerca de 3,5 bilhões de anos, a crosta terrestre estava basicamente formada, porém a configuração dos continentes era bem diferente da atual;

fase 6 – atualmente, a Terra continua se transformando, pois a crosta apresenta enormes placas cujas bordas estão em constante mutação. Também os continentes ainda se movimentam, em função da pressão das forças que agem no núcleo da Terra.

AS CAMADAS DA TERRA

Quatro são as principais camadas de nosso planeta:

  • NÚCLEO INTERNO
  • NÚCLEO EXTERNO
  • MANTO
  • CROSTA

O planeta Terra, quanto ao aspecto de sua formação física, tem uma história, conhecida como Eras Geológicas.

ESCALA GEOLÓGICA DO TEMPO

ERAS

PERÍODOS

ÉPOCAS

TEMPO EM ANOS

CARACTERÍSTICAS

Cenozóica

Quaternário

Terciário

Holoceno
Pleistoceno
Piloceno
Mioceno
Oligoceno
Eoceno
Paleoceno

11.000
1000.000
12.000.000
23.000.000
35.000.000
55.000.000
70.000.000

  • extinção dos répteis gigantes;
  • desenvolvimento dos vertebrados;
  • aparecimento dos símios antropomorfos;
  • surgimento dos homens;
  • aparecimento das fanerógamas (vegetais cujos órgãos reprodutores são bem evidentes, flores, por exemplo.

Mesozóica

Cretáceo
Jurássico
Triássico


135.000.000
180.000.000
220.000.000

  • répteis gigantes e coníferas;
  • primeiros pássaros.

Paleozóica

Permiano
Carbonífero
Devoniano
Siluriano
Ordoviciano
Cambriano

270.000.000
350.000.000
400.000.000
430.000.000
490.000.000
600.000.000

  • surgimento dos anfíbios e criptógamas (vegetais que não se reproduzem por meio de flores);
  • surgimento dos peixes e dos vermes;
  • início da vegetação nos continentes;
  • aparecimento dos invertebrados;
  • intensa vida aquática.

Pré-Cambriana superior (Proterozóica)

Algonquiano


  • parecimento de bactérias, algas, fungos, esponjas, crustáceos e celenterados (animais aquáticos, geralmente marinhos, como os corais e as medusas).

mais de 2 bilhões

conhecemos do período alguns fósseis;

formação inicial de bactérias e fungos.

Pré-cambriano inferior (Arqueozóica)

Arqueano (início da Terra)

aproximadamente 4,5 bilhões

Fonte: LEINZ & AMARAL in . Geologia Geral.

As quatro porções da Terra.

TIPOS DE ROCHAS

Ao longo do processo de formação do planeta, a crosta terrestre, ou litosfera, conheceu a geração de diversos tipos de rochas. Essas se dividem, quanto à sua origem, em três tipos:

  • magmáticas ou ígneas
  • sedimentares
  • metamórficas

No início de sua formação, a litosfera era constituída por rochas que se consolidaram com o resfriamento do magma – são as chamadas rochas ígneas ou magmáticas. Essas formações rochosas, ao entrarem em contato com o ar, a água e as geleiras, passaram a sofrer a ação do intemperismo (decomposição química e desagregação mecânica), tornado-se, assim, particularizadas e específicas, o que possibilitou seu transporte por agentes erosivos (vento, chuvas, e geleiras) a depressões do relevo, que passaram a ser preenchidas por sedimentos que, também através de processos físicos e químicos, consolidaram-se como rochas sedimentares. O terceiro tipo de rocha que se forma na crosta terrestre é a metamórfica, que consiste na transformação, no interior da crosta, das rochas ígneas e sedimentares em função da pressão e de altas temperaturas.

EXEMPLOS DE INTEMPERISMO

As variações de temperatura provocam a decomposição das rochas, cujos minerais se dilatam quando aquecidos e se contraem em áreas de clima frio (intemperismo por agente físico);

A pressão exercida pelas raízes de um vegetal quando penetram nas rochas podem provocar sua desintegração (intemperismo por agente biológico);

A decomposição das rochas também pode ser provocada pela penetração da água, que altera a sua estrutura química (intemperismo por agente químico).

AS ROCHAS CRISTALINAS

Denominamos de rochas cristalinas aquelas que, magmáticas ou metamórficas, possuem uma estrutura molecular ordenada. Formadas por compactação, as rochas sedimentares cobrem 75% da superfície terrestre, formando uma fina camada superficial que compreende apenas 5% do volume da crosta terrestre.

AS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS

A crosta terrestre é formada por doze placas tectônicas, que flutuam sobre o magma pastoso. Quando da fase inicial da Terra, existiam menos placas. Com o tempo, em razão de se moverem em vários sentidos, já que o planeta é esférico, as placas se encontraram em vários pontos da crosta terrestre, dando origem aos terremotos e aos dobramentos do relevo. Em grego, o termo tectônica quer dizer “processo de construir”. Para a ciência geográfica, significa as deformações da crosta terrestre geradas pelas pressões provenientes do interior do planeta.

Nas áreas de encontro das placas, a crosta terrestre é frágil, principalmente nas regiões de contato dos oceanos com os continentes, o que possibilita a saída de magma, dando origem aos vulcões. Quando dos choques entre as placas, o atrito daí decorrente provoca os terremotos. Nos oceanos, as placas (sima) são pesadas e, por este motivo, tendem a mergulhar sob as placas continentais (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção, gera as fossas marítimas, normalmente nas zonas onde ocorre o encontro das placas. Como as placas oceânicas se situam debaixo das continentais, a pressão das primeiras sobre estas últimas provocam dobras e enrugamentos, provocando, desde a era mesozóica, os movimentos orogenéticos (em grego, “oros” significa “montanha”). Data daí o aparecimento das grandes cadeias montanhosas do planeta Terra, formadas pelo enrugamento, elevação ou dobramento de partes da crosta terrestre. Este fenômeno é relativamente recente na história do nosso planeta, tendo acontecido no fim da era mesozóica e início da cenozóica. Por essa razão, denominamos dobramento moderno. As mais altas cadeias de montanhas do planeta, tais como o Himalaia, as Rochosas e os Andes, são de formação recente, apresentando elevadas altitudes, pouco desgaste e grande instabilidade física, pois elas estão ainda em processo de formação. Nelas, são comuns vulcões e terremotos.

A Terra, se levarmos em conta a sua origem geológica, conhece três formações básicas:

  • bacias sedimentares
  • escudos cristalinos
  • dobramentos modernos

Falhas e obras:

Dobras


Falhas


Nenhum comentário:

Postar um comentário