Um trabalho do Associado Manuel Rosário da Cruz, a quem o CA2000 agradece o esforço. | |
A - B - C - D - E - F - G - H - I - J - K - L - M - N - O - P - Q - R - S - T - U - V - W - X - Y - Z AA. L. (ano-luz) – É a distância percorrida pela luz, durante um ano, à velocidade de 300.000kl/s.= 9.460.000.000.000 km. (9.46x10^12). ABERRAÇÃO – (cromática ou de esfericidade): defeito de uma imagem produzida por um sistema óptico. A aberração cromática produz um circulo de difusão multicolor irisado. A aberração de esfericidade provoca deformações geométricas das imagens. (Ver apocromática e coma .) ABERTURA RELATIVA – constante de um instrumento igual ao quociente da distância focal da objectiva pelo seu diâmetro: f/D. (Sinónimo: relação de abertura); determina a luminosidade do instrumento. ACROMÁTICA (objectiva) – Objectiva de luneta que associa duas lentes (crown + flint) de índice de refracção diferente para anular a coloração das imagens. ADAPTADOR – Sistema que permite adaptar uma ocular de um certo diâmetro de aro a um porta-ocular com outro aro. AFÉLIO – O ponto mais afastado do Sol que um planeta atinge na sua órbita excêntrica. AFOCAL – Sistema óptico sem foco principal. AIRY – (disco de ): nome dado à mancha central da imagem de uma estrela observada por um instrumento, quando o verdadeiro disco estelar é imperceptível. (Sinónimo: falso disco). ALINHAMENTO – Regulação dos componentes ópticos de uma luneta ou de um telescópio para que os seus eixos se encontrem sobre a mesma linha, ou seja, sobre um único eixo. ALTURA DO PÓLO – É a distância angular entre o horizonte e o Pólo celeste. A altura do Pólo, num dado lugar de observação, é igual à latitude desse lugar , significando que quanto maior for a latitude , maior será a altura do Pólo. O observador colocado no Pólo Norte (latitude de 90ºN) terá o Pólo celeste Norte sobre a sua cabeça, coincidindo com o zénite. O observador situado no Equador (latitude 0º) , terá os dois Pólos celestes sobre o horizonte, coincidentes com os respectivos pontos cardeais e o Equador celeste passa pelo zénite. ALUMINAGEM – Depósito no vazio de uma microcamada de alumínio num espelho de um telescópio que, mal seja exposto ao ar, se cobre de um filme protector de alumínio (= óxido de alumínio). AMACIAMENTO – Quando se talha um espelho, operação que torna a superfície do espelho cada vez menos rugoso, utilizando abrasivos cada vez mais finos. AMPLIAÇÃO – Relação entre a dimensão de uma imagem obtida no foco de uma objectiva e a da mesma imagem projectada para trás para ser fotografada. ANEL DE REDUÇÃO – Sistema de anel que permite utilizar oculares de diferentes diâmetros sobre o mesmo porta-ocular de 24,5 mm ou de 31,75mm de diâmetro. ANEL PORTA-OCULAR – Anel que se aparafusa num porta-ocular permitindo colocar uma ocular com o aro desejado. ANEL T2 – Anel indispensável que assegura a junção entre o adaptador fotográfico e o corpo da máquina de tipo Refex. ANGULO HORÁRIO (H) – de um astro é o ângulo entre o meridiano local e o circulo horário (meridiano celeste do astro) que passa pelo astro. Mede-se de 0 a 24 horas, de Este para Oeste. No momento em que o astro passa pelo meridiano local, o seu ângulo horário é de 0 horas. ANO-LUZ – Distância percorrida pela luz (à velocidade de 300.000 km/s) durante um ano (9.460.000.000.000 kms). ANTI-REFLEXO – Revestimento ultra fino das superfícies de uma lente para diminuir as reflexões parasitas perturbadoras. APLANETISMO – Combinação de espelhos que não produzem qualquer coma. (Exemplo: o de Ritchey-Chrétien).Este sistema torna um campo plano para a fotografia. APOCROMÁTICA – Diz-se da combinação óptica de uma objectiva de luneta que corrige a aberração cromática para o vermelho, para o azul e para o amarelo, e a aberração de esfericidade para o vermelho e para o azul. APULSO – Aproximação aparente máxima de uma estrela em relação à Lua ou a um planeta. Em Apulso, a estrela parece rasar um dos pólos da Lua. ARANHA – Suporte de espelho secundário (de reflexão ) de um telescópio, constituído por três ou quatro «patas» direitas ou curvas. ASA – Grau de sensibilidade de uma película fotográfica (sinónimo: ISO). ASCENSÃO RECTA – Uma das duas coordenadas equatoriais que permite referenciar a posição de um ponto na esfera celeste (análogo à longitude na Terra). AUMENTO – Quociente da distância focal de uma objectiva pela distância focal da ocular utilizada: G = F/f, ou relação entre o diâmetro aparente de um objecto observado na ocular e o diâmetro desse objecto observado a olho nu. AUMENTO EQUIPUPILAR – Aumento que permite que o feixe luminoso que sai da ocular apresente o mesmo diâmetro que o da pupila do olho na obscuridade (= 6mm). Matematicamente igaul a D(mm)/6. AZIMUTAL (Montagem) – Montagem com dois eixos perpendiculares, um que permite deslocações do tubo instrumental da esquerda para a direita e da direita para a esquerda (em azimute), e o outro, as deslocações em altura. BBARLOW – Lente divergente (dupleto ou tripleto acromático). Colocada diante da ocular, a Barlow duplica ou triplica o aumento, consoante os tipos. BARRIL – Caixa cilíndrica que contém a objectiva de uma luneta ou o espelho de um telescópio. BUSCADOR – Luneta auxiliar de grande campo reticulado, paralela ao tubo de um instrumento, que permite apontar um astro antes de o observar; pode ser direita ou em cotovelo. CCABEÇA BINOCULAR – Sistema suportando duas oculares paralelas idênticas para observar com os dois olhos. CAMPO – Parte do céu visível na ocular de um instrumento. (O campo «aparente» é o diâmetro do circulo de luz perceptível pelo olho através da ocular) CAMPO DE NITIDEZ – Campo de luz não afectada pelo efeito de vinheta. CASSEGRAIN – Tipo de telescópio de espelho secundário convexo que reflecte a luz através de um orifício feito no espelho maior ao mesmo tempo que amplifica a imagem. CATADIÓPTRICO – Diz-se de um instrumento constituído simultaneamente por sistemas ópticos refractores e reflectores de luz. CCD – Sigla da expressão inglesa Charge Coupled Device, dispositivo de carga acoplada, designa o mais moderno e mais sensível detector de radiação. O CCD é, na realidade, um sistema de circuito integrado que utiliza o deslocamento e armazenamento de uma carga eléctrica numa camada muito ténue de silício. Quando as cargas criadas por um fluxo luminoso se deslocam no silício, o dispositivo transforma-se num detector de imagem de excelente eficiência, quer no aspecto qualitativo quer no quantitativo, assim como por gerar um ruído próprio muito fraco. O seu aspecto é um rectângulo de plástico escuro, com alguns milímetros, semelhante a um circuito integrado clássico. Esta placa está dividida em centenas ou milhares de rectângulos microscópicos, que constituem os captadores elementares de luz. Quando um desses componentes é exposto à luz, os fotões que incidem sobre a superfície excitam os electrões do silício e cada elemento da plaqueta adquire um potencial eléctrico determinado. Basta medir sucessivamente todas as cargas elementares para reconstituir a imagem registrada. Hoje é possível encontrar estes dispositos nas normais máquinas de filmar digitais, nas câmaras fotografáficas digitais, nas webcams da internet e em dispositivos muito mais caros, vocacionados específicamente para uso na astronomia. CELESTRON – Marca de telescópios Norte-Americana. CÉU PROFUNDO – ( Deep Sky): Conjunto dos astros pouco luminosos e muito distantes (aglomerados, nebulosidades e galáxias): CINTILAÇÃO – Flutuação rápida da intensidade de radiação de uma estrela, produzida pela turbulência atmosférica local. CÍRCULO OCULAR – Imagem real da objectiva de uma luneta, fornecida pela ocular; a sua localização é tal que deve ocupar a pupila do olho para ver o campo todo. (Sinónimos: anel ocular, pupila de saída) CIRCUMPOLAR – Diz-se de uma estrela ou de uma constelação próxima de um dos pólos celestes e que nunca se «põe» para um lugar dado. COLIMAÇÃO – Para que um telescópio óptico obtenha o seu máximo rendimento, deve ter todas as suas lentes perfeitamente alinhadas. Ao processo de alinhamento se chama colimação. COLIMADOR – Instrumento de regulação para controlar no infinito a centragem e o poder separador de um sistema óptico. COLOCAÇÃO EM ESTAÇÃO – Colocação e regulação de uma montagem equatorial de modo a que o seu eixo horário seja orientado na direcção do pólo celeste. COMA – Aberração de esfericidade dos raios oblíquos; a imagem observada apresenta-se como um penacho triangular. COMPACTO – Diz-se de um instrumento portátil, fácil de transportar e relativamente muito «aberto». COMPENSAÇÃO – Correcções para assegurar o seguimento de um astro durante uma exposição fotográfica. A compensação em ascensão recta efectua-se por «sinais» graças ao variador de frequência. A deriva em declinação é devida a uma focagem aproximativa. CONJUNÇÃO – Posição de dois ou três astros que têm a mesma ascensão recta – e portanto uma aproximação aparente bastante grande. COORDENADAS – Sistema de referência de um astro , a partir do equador celeste e do ponto de origem (declinação e ascensão recta) COORDENADAS EQUATORIAIS HORÁRIAS – Para cada astro, o valor de uma das coordenadas depende do local e do momento da observação. COROA SOLAR – Região externa e a mais ténue da atmosfera solar, que se dilui progressivamente no espaço; observável a olho nu, durante os eclipses totaisdo Sol. CORONÓGRAFO – Luneta com sistema ocultador especial que permite o estudo e a fotografia da coroa e das protuberâncias do Sol. CREMALHEIRA – Régua dentada na qual se engrena o pinhão de regulação do porta-ocular. CRONÓMETRO – Aparelho que permite conservar a hora exacta e controlá-la após os «tops» difundidos pela rádio. Para as observações de amadores, um relógio de quartzo basta « marcar a hora», à precisão do meio segundo. CROWN – Vidro muito transparente e pouco dispersivo, associado ao flint nas objectivas acromáticas. CULMINAÇÃO – Passagem de um astro pelo ponto do céu em que ele atinge a sua maioraltura aparente; ou passagem de qualquer astro pelo meridiano celeste do lugar. D DECLINAÇÃO – Ângulo entre a direcção de um astro e o plano do equador celeste, medido entre 0º e 90º, com sinal negativo para o sul e positivo para o norte. Corresponde à latitude. DIA SIDERAL – 23 h 56’ 4,,0905’’ .Intervalo de tempo entre duas passagens consecutivas superiores do Ponto Vernal pelo meridiano local. Dada a lentidão da precessão dos Equinócios , podemos dizer que o dia sideral é, praticamente, o intervalo de tempo entre duas passagens consecutivas de uma estrela qualquer (que não o Sol) pelo meridiano local. DIA SOLAR MÉDIO – 24h 03’ 56,5554’’ – É a média anual dos dias solares verdadeiros. (O dia solar verdadeiro não é constante ao longo do ano, devido à velocidade da terra, na sua órbita elíptica – 2ª Lei de Kepler – e da inclinação da eclíptica). DIA SOLAR VERDADEIRO – É o intervalo de tempo que decorre entre duas passagens consecutivas (superiores) do Sol pelo meridiano local. DIAFRAGMA – Abertura de diâmetro regulável para fazer variar o fluxo luminoso que entra na máquina fotográfica ; anel que reduz o fluxo luminoso no interior do tubo de certas lunetas. DIFRACÇÃO – Perturbação encontrada pela luz quando passa através de uma abertura; assim, a imagem de uma estrela nunca é um ponto, mas um minidisco, a «mancha de difracção». DISCO (ferramenta) – Disco com o mesmo diâmetro do espelho, que serve para talhar o espelho de um telescópio. DIURNO (Movimento) – Rotação aparente dos astros em torno do pólo celeste, produzida pela rotação da Terra em 23h 56´ 4´´. DOBSON (Telescópio) – Instrumento visual de espelho fino, sobre montagem azimutal, cuja luminosidade tem prioridade sobre a qualidade óptica. DUPLETO – Sistema óptico com duas lentes acopladas. E ECLÍPTICA – Círculo aparente da esfera celeste em que o Sol se desloca durante o ano e sobre o qual se produzem os eclipses. EFEMÉRIDES – Tabelas-catálogos dos futuros fenómenos celestes (posições planetárias, eclipses, ocultações...) publicadas pelo Bureau des Longitudes. ELONGAÇÃO – Distância angular aparente de um planeta em relação ao Sol para um observador terrestre (emprega-se sobretudo para Mercúrio e Vénus). ELONGAÇÃO – Posição do maior afastamento possível. Exemplos: a elongação máxima de Vénus em relação ao Sol é de 47º; Titâ, satélite de Saturno, é facilmente observável quando das suas elongações orientais e ocidentais. EQUATORIAL – (montagem): Suporte de um instrumento que permite fazê-lo rodar em torno de dois eixos perpendiculares, um dos quais é paralelo ao eixo da Terra (=eixo horário). Esta montagem permite as fotografias com exposições longas. EQUATORIAL-PRANCHETA – Objecto construído por astrofotógrafos amadores, que serve para fixar uma 24 x 36 sobre três pranchetas de charneira, em que uma delas serve de mesa equatorial que segue o movimento diurno. ESPECTROSCÓPIO – Sistema óptico de prisma ou de rede para o estudo da dispersão da luz segundo os seus comprimentos de onda,, em «banda espectral» com «riscas». ESPELHO SECUNDÁRIO – Espelho que reenvia um feixe luminoso para a ocular. ESTIGMÓMETRO – Sistema de focagem através do visor de uma máquina reflex. ESTRELAS CIRCUMPOLARES – As estrelas cuja distância polar (distância angular) seja inferior à altura do Pólo ou (latitude) serão permanentemente visíveis (com culminação superior e culminação inferior). ESTRELAS COM NASCIMENTO E OCASO- Todas as que não são circumpolares nem de perpétua ocultação. Apresentam apenas culminação superior. ESTRELAS DE PERPÉTUA OCULTAÇÃO – No hemisfério Norte nunca são visíveis as estrelas cuja distância angular ao pólo Sul celeste seja inferior à latitude desse lugar , encontrando-se sempre abaixo do horizonte desse local. Não têm culminações observáveis. FFILTRO – Lâmina plana de vidro colorido que se aparafusa à frente da ocular para absorver certas radiações ; em astrofotografia, para obter certos detalhes. FILTRO MONOCROMÁTICO – Ecrã que só deixa passar uma cor, ou melhor , uma única risca do espectro luminoso do objecto observado. FLINT – Vidro à base de chumbo, fortemente dispersivo, utilizado com as lentes em crown para corrigir as aberrações cromáticas. FLUORINA (ou ED) – fluoreto natural de cálcio cujos cristais estão muitas vezes associados ao quartzo. As objectivas «fluorites» associam uma lente côncava em flint a uma lente convexa em fluoreto de cálcio. FOCAGEM - «Regulação» que consiste em fazer aparecer na ocular a imagem nítida do objecto observado. FOCAL – Distância que separa a objectiva ,ou o espelho, da imagem que formam no foco do instrumento. FOCO – Ponto teórico em que convergem os raios luminosos que vêm de uma estrela, num reflector ou refractor. FOCO PRIMÁRIO – Ponto em que convergem os raios luminosos emitidos por um astro após terem sido captados por uma objectiva. FOUCAULT (testes de ) – Método de controlo de espelhos utilizando uma fonte luminosa pontual colocada no centro de curvatura. Ao cortar o feixe com uma lâmina de faca, os defeitos aparecem bastante ampliados. GGALÁXIAS – São constituídas por enormes grupos de estrelas e por nuvens de gás e poeira (nebulosas). Possuem movimento de rotação que as leva a adquirir, em muitos casos, a forma de uma espiral, com um núcleo ovalado muito denso e braços que giram à sua volta. HHELIOSCÓPIO – Acessório para observar directamente o Sol, sem risco de aquecimento: deve estar associado a um filtro solar. Herschel imaginou um helioscópio de prisma que elimina 96 por cento da radiação solar. Ecrã para proteger a imagem do Sol atrás da ocular. HIPERSENSIBILIZAR – Aumentar a sensibilidade de um filme mergulhando-o num gás formado por 90 por cento de azoto e dez por cento de hidrogénio. HORA LEGAL – Hora de Verão , UTC mais 1 hora . Hora de Inverno, UTC. HORA SIDERAL LOCAL (T) – É o ângulo horário do Ponto Vernal (y) num dado instante e para um dado local, (T=Hy). É portanto o ângulo em horas entre o meridiano local e o circulo horário que passa pelo Ponto Vernal (y). Pode ter valores entre 0 e 24 h (1h=15º). Na passagem superior do Ponto Vernal são 0 horas de tempo sideral local. Para determinado astro, a hora sideral (T), o seu ângulo horário (H) e a sua ascensão recta (x) , estão assim relacionadas: T=H+ x. IIMAGEM (real ou virtual) – Reprodução visual de um objecto por um espelho ou lente. Ela é real se se pode captar num ecrã, e virtual se se encontra «em potência» no prolongamento dos raios luminosos. KKIT/ESPELHO – Material necessário para lapidar um espelho de telescópio. LLOCAL – Localização de uma colocação observacional, estudada estatisticamente em função do seu microclima, da transparência atmosférica, das turbulências e das poluições locais. LUMINOSIDADE – Quociente do quadrado do diâmetro instrumental (em mm) por 36 (=quadrado do diâmetro médio da pupila humana na obscuridade). LUNETA (óculo de longo alcance) – Refractor de luz para aumentar o diâmetro aparente dos objectos (imagens direitas num óculo de ver ao longe, invertidas numa luneta). LUNETA–GUIA – Luneta associada a um telescópio, utilizada em astrofotografia para permitir apontar e seguir correctamente o astro visado. LUZ CENDRADA – Claridade muito fraca na parte escura da Lua, produzida pela iluminação da Terra iluminada pelo Sol. Fenómeno observável nos primeiros e últimos dias da lunação. MMAGNITUDE – Número convencional que caracteriza o brilho aparente de um astro. Exemplos: Sol = -26; Lua Cheia = -12,7; Arcturus = 0; Estrela Polar = +2,1. MAKSUTOV – (Telescópio de ) Telescópio bastante parecido com o de Schmidt, em que a lâmina correctora é substituída por uma lente em forma de menisco: mesmo desempenho em astrofotografia. MEADE – Marca de telescópios Norte-Americana. MEIO DIA SOLAR – É o instante em que o Sol (centro do disco solar) está na culminação superior – momento em que a altura do Sol é máxima. MENISCO – Lente convexa numa face e côncava na outra. MERIDIANO CELESTE DO LUGAR – Para um dado observador, localizado, por exemplo, no hemisfério Norteda Terra, existem dois pontos importantes da esfera celeste : o Zénite e o Pólo Celeste Norte. Ligando estes dois pontos por uma linha imaginária, o observador pode “representar” no céu a sua continuação para o horizonte, tocando os pontos cardeais Norte e Sul. A esta linha dá-se o nome de Meridiano Local ou Meridiano Celeste do Lugar e é como que a imagem, na esfera celeste, do meridiano terrestre que passa no local do observador. MICRÓMETRO – Acessório associado a uma ocular para medir pequenas distâncias angulares aparentes. Sistema com dois fios paralelos ou dupla imagem. MONTAGEM – (azimutal, equatorial) Suporte de uma luneta ou de um telescópio. Os dois principais tipos são a montagem azimutal e a montagem equatorial (ver estas palavras). MOVIMENTO DE NUTAÇÃO DA TERRA - O movimento de precessão sofre pequenas oscilações como resultado da inclinação do plano da órbita da Lua relativamente à eclíptica, resultando ,daí, o movimento de nutação da Terra, com um período de cerca de 19 anos. MOVIMENTO DE PRECESSÃO DA TERRA – Devido ao facto da Terra estar permanentemente em rotação e como resposta às forças gravitacionais exercidas pelo Sol e pela Lua ,no sentido de fazerem coincidir o plano do equador com o da eclíptica, resulta um movimento cónico, descrito pelo eixo da Terra, com um período de cerca de 26.000 anos . NNEWTON – (anéis de ) Anéis que envolvem uma imagem estelar, e que permitem o controlo da centragem e da qualidade das superfícies ópticas. NEWTON – (telescópio de ) Telescópio de espelho parabólico, imaginado por Newton em 1671; um espelho plano reflecte a imagem para uma ocular. OOBJECTIVA – Lente ou espelho orientado para o objecto a observar e destinada a fornecer uma «imagem focal » dos astros. OBSTRUÇÃO ( de um telescópio) – Redução do fluxo luminoso que penetra num telescópio pela interposição do espelho plano situado à frente. OCULAR – Conjunto de lentes que permitem examinar com o olho a imagem formada no foco de uma objectiva, aumentando-a bastante, como o faria uma lupa. Há diversos tipos de oculares. OCULTAÇÃO – Passagem de um astro atrás da Lua ou passagem de um satélite por detrás do seu planeta. O instante do desaparecimento chama-se imersão; o instante da reaparição é a emersão. OPOSIÇÃO – Em geral, posição de um planeta que culmina no meridiano Sul na vizinhança da «meia noite real», encontrando-se o Sol «no oposto», atrás da Terra. ÓRBITA – Trajectória à volta do Sol. ORTOSCÓPICA – Diz-se de uma ocular «universal» que não deforma as imagens; é geralmente composta por quatro lentes e o seu campo aparente está compreendido entre 40 e 50 graus. PPARABÓLICA – Forma teórica do espelho de um telescópio de Newton, que apresenta uma superfície curva segundo uma parábola que roda em torno do seu eixo. PARABOLIZAÇÃO – Quando se termina a lapidação de um espelho, acção de transformar a forma esférica do espelho em forma parabólica, com o auxílio de «vaivéns» especiais (ver a palavra). PARAFOCAL – Diz-se de uma ocular cuja variação de focagem é mínima quando se muda. PARSEC – Distância de onde se veria o semi-eixo maior da órbita terrestre, segundo um ângulo de 1’’ (equivalente a cerca de 3,26163 anos-luz ou a 30.856.780.000.000 kms). PENACHO – Imagem deformada em vírgula; origem: defeito de centragem (objectiva ou ocular) ou de fabricação. PERIÉLIO – É o ponto mais próximo do Sol a que um planeta chega na sua órbita excentrica. PIGGY-BACK – Aparelho fotográfico fixado «nas costas» de um instrumento «portador» para uma exposição longa. PLANETA EM OPOSIÇÃO – Em oposição ao Sol em relação à Terra. PLANETA EM QUADRATURA – Que forma um ângulo recto com o Sol e connosco. PLANETA INFERIOR – Cuja órbita é mais pequena que a órbita terrestre; (Mercúrio e Vénus) PLANETA SUPERIOR – Cuja órbita é maior que a órbita terrestre; (Exemplo : Marte) PODER RESOLUTIVO – Capacidade de revelar pormenores. Cresce com o aumento da abertura do telescópio (Diâmetro da objectiva). PODER SEPARADOR – A menor separação angular entre dois pontos que podem ser vistos separadamente através de um instrumento. (Sinónimo: limite de resolução). POLARIZADOR – Diz-se de um filtro que modifica a polarização da luz dando-lhe propriedades diferentes segundo os planos em torno da sua direcção de propagação, após refracção ou reflexão. PONTO EQUINOCIAL DE MARÇO OU PONTO VERNAL – Corresponde à posição por onde o Sol passa no início da Primavera, cerca de 21 de Março, no hemisfério Norte. PONTO OUTONAL OU EQUINÓCIO DO OUTONO – Corresponde à posição por onde o Sol passa no inicio do Outono. Cerca de 22 de Setembro no hemisfério Norte. PONTOS EQUINOCIAIS – São os pontos de intersecção das linhas imaginárias do Equador Celeste e da Eclíptica. PRECESSÃO DOS EQUINÓCIOS – Em consequência do movimento de precessão o Pólo celeste Norte vai apontando para diferentes estrelas. Os pontos equinociais movem-se ao longo da eclíptica , para Oeste, à razão de 50,26’’ de arco por ano. PRISMA DE PORRO – Sistema de prismas associados para rectificar as imagens num instrumento que as inverte. PROJECTIVO – Sistema óptico (por exemplo: uma ocular) que permite aumentar a imagem focal no filme. PROTUBERÂNCIAS SOLARES – Jactos verticais de matéria solar que se elevam a mais de 200.000 Km acima da superfície do Sol, observáveis ao coronógrafo. PUPILA – Anel ocular onde se deve colocar a pupila do olho para as observações (diâmetro óptico = 6mm). Ver círculo ocular. Anel de luz, imagem real da objectiva fornecida por uma ocular. QQUASARES – São objectos muito distantes e luminosos que emitem raios X. RRECTIFICADOR – Acessório que rectifica uma imagem invertida, através de um sistema óptico, para as observações terrestres. REDE DE DIFRACÇÃO – Elemento dispersivo de certos espectroscópios que desempenha o papel do prisma e é constituído por uma lâmina sobre a qual é traçada uma grelha de microtraços paralelos equidistantes, até 800 por milímetro. REENVIO EM COTOVELO – Sistema óptico de prisma ou de espelho que permite a observação na direcção do zénite através de uma luneta; inutilizável num telescópio de Newton. REFLECTOR – Telescópio em que a luz é reflectida por um espelho e reenviada para uma ocular ou para um filme. REFRACTOR – Luneta, óculo de ver ao longe ou binóculos (a luz é refractada por uma objectiva). RETÍCULA – Cruz ou marca colocada no centro do campo de uma ocular para aumentar a precisão da pontaria. RETROGRADAÇÃO – Período do movimento aparente de um planeta em que este, depois de se ter deslocado de oeste para este, se desloca passageiramente no sentido oposto. Entre o seu movimento directo e a sua retrogradação, o planeta fica um momento estacionário. RGB – É o grupo de cores básicas. Red (vermelho), Green (verde), Blue (azul). RISCAS ESPECTRAIS – Linhas brilhantes ou escuras que formam um espectro e cuja posição indica a natureza dos elementos químicos que os produzem. RITCHEY-CHRÉTIEN – (Telescópio de) : Tipo de telescópio aplanético com espelho principal hiperbólico e espelho secundário adaptado. ROTAÇÃO DIRECTA – No sentido inverso ao dos ponteiros de um relógio, para um observador situado no nosso hemisfério boreal. ROTAÇÃO RETRÓGADA – No sentido dos ponteiros de um relógio. ( A terra gira no sentido directo tanto sobre si própria como à volta do Sol, mas o movimento aparente das estrelas em 24 horas efectua-se em sentido retrógado, quer dizer da esquerda para a direita, para um observador a olhar para Sul no hemisfério boreal). SSCHMIDT – (Telescópio de): Telescópio fotográfico de grande campo composto por um espelho esférico associado a uma lâmina de vidro corectora. SCHMIDT-CASSEGRAIN – (Telescópio de): Telescópio visual que combina um espelho esférico associado a uma lâmina correctora e a um espelho de reenvio. SERRILHA – Pequena roda estriada que serve para regular alguns constituintes de um instrumento (por exemplo a regulação de uma ocular). TTELECOMPRESSOR – Sistema óptico que reduz a focal da objectiva e aumenta o campo fotográfico de um factor próximo de 2. TELECONVERSOR – Sistema óptico do tipo «lente de Barlow» que reduz o campo de um factor de 2 a 3. TEMPO MÉDIO LOCAL – O dia solar médio tem por definição, a duração de 24 horas de tempo solar médio (ritmo dos nossos relógios), que por simplificação se diz Tempo Médio. A Terra roda de Oeste para Este – 360º em 24h ; 15º h; 1º em 4’. Para cada meridiano há um tempo médio local. Por razões de conveniência a hora legal é a mesma para todas as localidades do mesmo Fuso Horário (tempo médio do Fuso) ; 1 Fuso = 1hora = 15º de amplitude. TEMPO UNIVERSAL COORDENADO (UTC) – É o tempo médio de Greenwich (Longitude 0º) TERMINADOR – Na Lua, linha móvel que separa a parte iluminada da parte escura do disco; é sobre esta linha que as sombras do relevo permitem as observações mais interessantes. TIRAGEM – Distância entre uma ocular projectiva e o filme onde se forma a imagem. TRIPLETO – Objectiva de três lentes acopladas que corrigem bem as aberrações. TURBULÊNCIA – Agitação permanente de massas de ar de temperatura diferente, que diminuem muito a qualidade das observações visuais e fotográficas. Varia entre 0.1” e 3” sobre a imagem de difracção de uma estrela. UUNIDADE ASTRONÓMICA (U.A.) – Distância média entre a Terra e o Sol (149.600.000 kms). VVAIVÉM – Movimento da ferramenta ou do espelho efectuados quando se lapida um espelho de telescópio. VARIADOR DE FREQUÊNCIA – Sistema electrónico que permite fazer variar a velocidade dos motores síncronos de arrastamento das montagens equatoriais, para guiar uma pose fotográfica e realizar recentragens. VEÍCULO – Sistema óptico que endireita as imagens nos óculos de longo alcance. VIA LÁCTEA – É a galáxia que contém o nosso Sistema Solar, pode ser observada, nas noites escuras e límpidas, sob a forma de uma faixa esbranquiçada de estrelas e nebulosas que atravessa o firmamento. Contém cerca de 100 mil milhões de estrelas. VINHETAGEM – Redução do campo de luz total numa fotografia, quando o espelho primário se encontra ligeiramente tapado pelos bordos do espelho secundário. VISOR POLAR – Visor situado no interior do eixo polar de uma montagem equatorial e que serve para a sua «focagem». WWOLF -(Número de ): Índice numérico, calculado a partir do número de manchas observadas simultaneamente na superfície solar e que serve para avaliar a intensidade da actividade do Sol. ZZÉNITE – Ponto da abóbada celeste situado na vertical do observador. ZODÍACO– Cintura de constelações que envolvem a abóbada celeste, onde se desloca o Sol, a Lua e os planetas brilhantes.
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Creio que educar é basicamente habilitar as novas gerações no exercício de uma visão não ingênua da realidade, de maneira que seu olhar tenha em conta o mundo, não como uma suposta realidade objetiva em si mesma, mas como o objeto de transformação ao qual o ser humano aplica sua ação. Mario Luiz Rodrigues Cobos - o Silo, "A Paisagem Humana", capítulo 'A Educação'
quinta-feira, dezembro 29, 2005
Glossário de Astronomia
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