(...) o controle do Estado sobre o tempo e o espaço vem sendo sobrepujado pelos fluxos globais de capital, produtos, serviços, tecnologia, comunicação e informação. (...) A tentativa de 0 Estado reafirmar seu poder na Arena global pelo desenvolvimento de instituições supranacionais acaba comprometendo ainda mais sua soberania. E os esforços do Estado para restaurar sua legitimidade por meio da descentralização do poder administrativo, delegando-o as esferas regionais e locais, estimulam as tendências centrifugas ao trazer os cidadãos para a órbita do governo, aumentando, porem, a indiferença destes em relação ao Estado-Nação. Assim, enquanto 0 capitalismo global prospera e as ideologias nacionalistas demonstram seu vigor em todo 0 mundo, 0 estado-nação, cuja formação esta historicamente situada na Idade Moderna, parece estar perdendo seu poder, mas não - e essa distinção e essencial sua influencia.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 1999. p. 287.
Acima de tudo a inter-relação das economias nacionais bem coma a dependência das finanças dos governos dos mercados globais e empréstimos externos propiciaram as condições para uma crise fiscal internacional do estado-nação, não poupando nem mesmo os Estados-Nação mais ricos e poderosos.
CASTELLS, Manuel. 0 poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 1999. p. 296.
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