A Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) enviaram uma delegação à China onde se reunirão com dirigentes da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), tendo em pauta a cooperação referente ao Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS). Segundo o diretor de Satélites e Aplicações da AEB, Miguel Henze, serão avaliados as operações do satélite CBERS-2, que se encontra na órbita da terra, o cronograma de lançamento dos próximos satélites e aspectos sobre comercialização das imagens dos CBERS, que até então eram distribuídas gratuitamente. As receitas obtidas com as vendas serão divididas igualmente entre os dois países.
Os satélites da série CBERS geram imagens do território nacional, que são utilizadas, entre outras finalidades, para controle de desflorestamento da Amazônia, gerenciamento de recursos hídricos, uso do solo e previsão agrícola. Da série, já foram lançados o CBERS-1, em 1999, e o CBRES-2, em 2003, que se encontra em funcionamento. Está previsto para o final do ano o lançamento do CBERS-2B, com uma câmera mais potente, a partir do território chinês.
Segundo o Ipea, “a disponibilidade dos dados do CBERS resultou na distribuição de mais de 160 mil imagens. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entrega hoje uma média de 350 imagens por dia do satélite para 15 mil usuários de 2,5 mil instituições, entre universidades públicas e privadas, prefeituras, jornais, empresas de consultoria, geologia, petróleo, engenharia, aerolevantamento, topografia, saneamento, eletricidade e órgãos do governo”.
Os satélites já acompanham, por exemplo, hábitos de peixes e até detectam focos de malária. “Não há país grande como o Brasil sem um programa espacial ambicioso. A extensão territorial exige monitoramento contínuo, em nome da segurança e da soberania”, afirma Luiz Bevilacqua, do Laboratório nacional de Computação Científica, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
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