Dezenas de milhares de pessoas participaram, no domingo, dia 29, da assembléia em Defesa do Petróleo, realizada na praça central da Cidade do México, o Zócalo, convocada pela ampla aliança de oposição liderada por Andrés López Obrador, do Partido da Revolução Democrática, PRD.
“A mobilização para impedir a privatização da nossa estatal, a Pemex, cresce de forma avassaladora. O governo da fraude faz de tudo para não promover a consulta popular sobre o futuro de nossa principal riqueza. Eles só exibem o medo que têm do povo”, assinalou se referindo ao debate em curso no Congresso Nacional sobre a imediata convocação de um referendo. Informou que já há mais de 200 mil pessoas que organizam brigadas nas cidades contra a privatização da estatal do petróleo. A consulta popular no Distrito Federal está em processo de organização.
Na praça lotada, López Obrador afirmou que “o petróleo não se converterá em negócio de uns poucos; nem nacionais e muito menos estrangeiros”. Também advertiu que o roubo dos recursos petroleiros colocaria o país em perigo de confrontação, de insegurança e instabilidade política.
Durante seu discurso, o dirigente denunciou a existência de um cerco informativo da grande mídia, apontando que por trás da tentativa de privatização da Pemex “está realmente a corrupção do grupo de Calderón e seus acordos inconfessáveis com as multinacionais estrangeiras”.
Acompanhado pelos coordenadores parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado do PRD, PT e Convergência - partidos que compõem a Frente Ampla Progressista -, López Obrador ressaltou que “não é demais reiterar nesta praça pública que estamos dispostos a defender o petróleo com toda a determinação e firmeza que exijam as circunstâncias. E que fique claro: não aceitaremos nenhuma mudança jurídica que viole a Constituição, privatize o petróleo e vulnere a soberania”.
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