segunda-feira, maio 21, 2007

Al Gore: “Gostaria que meu país tivesse um programa para combustíveis líquidos renováveis como o Brasil”


“O Brasil pode oferecer liderança para o mundo nas questões de meio ambiente. O País já é líder em áreas como os combustíveis renováveis, com o etanol, mas pode fazer muito mais”, avaliou o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Albert Gore, que esteve no país no último final de semana para divulgar a tese de catástrofe ambiental defendida no filme que estrela, Uma Verdade Inconveniente. “Gostaria que meu país tivesse um programa para combustíveis líquidos renováveis como o Brasil”, afirmou Al Gore.
Sobre a posição do governo dos EUA em relação ao etanol brasileiro, o democrata norte-americano afirmou que “gostaria que não existissem as altas barreiras tarifárias para o álcool como combustível”, colocado como uma das alternativas para diminuir a poluição gerada pela queima de petróleo.
Gore ressaltou que, mesmo sem a assinatura de Bush, o Protocolo de Kyoto - um acordo mundial para reduzir a poluição - está sendo assumido pelo povo norte-americano. “Existe progresso nos Estados Unidos. O Congresso que tomou posse em janeiro está se movimentando para exigir a redução das emissões. Ao todo, 472 cidades americanas aderiram de forma independente ao Protocolo de Kyoto. Eu garanto que as coisas estão mudando e vão mudar”, destacou.
Al Gore vem se dedicando ao tema ambiental desde que foi vítima da fraude eleitoral perpetrada pela família Bush nos EUA. No sábado, reuniu-se em São Paulo com um público de 500 pessoas entre empresários, políticos e personalidades num evento patrocinado pelo Itaú. E, entre uma entrevista e outra, no domingo lançou o projeto de um show, no Rio de Janeiro, que deverá acontecer simultaneamente em 7 cidades do mundo em julho, para divulgar a tese de aumento da temperatura do planeta produzido pelo homem.
Para o ex-presidente dos EUA, o combate às mudanças climáticas é antes de tudo uma “questão moral” e defende que seu país deve ser o de primeiro realizar a transformação de seu parque tecnológico para, depois, “cooperar com as nações”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário