Até maio deste ano, exportação para o país totalizou US$ 1,629 bilhão
Aumento de 562% das exportações brasileiras a partir do governo Chávez resulta da cooperação e fortalecimento mútuo que só têm a crescer com a entrada definitiva da Venezuela no Mercosul
A partir do governo Hugo Chávez, as exportações brasileiras para a Venezuela aumentaram 562,4%, passando de US$ 536,67 milhões em 1999 para US$ 3,555 bilhões em 2006. Este ano, até maio, as vendas para o país vizinho já totalizam US$ 1,629 bilhão. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Esses resultados só foram possíveis graças ao avanço da democracia no Continente, com a contribuição decisiva de Lula e Chávez, que possibilitou que os dois países identificassem a importância vital da integração para viabilizar o desenvolvimento não só de Brasil e Venezuela, mas do conjunto dos países sul-americanos. Assim as relações econômicas, das quais o comércio é apenas uma parte, já se dão sob outros valores, como o de cooperação e fortalecimento mútuo. Relações que não estão prontas e acabadas, mas que irão se fortalecer e se renovarão a cada dia porque inspiradas nas idéias de Simón Bolívar, o Libertador. Não é por outro motivo que Petrobrás e PDVSA estão construindo juntas a refinaria Abreu e Lima em Pernambuco e que a estatal brasileira irá atuar na produção de petróleo no Campo Carabobo 1, na Venezuela, entre outras iniciativas. Da mesma forma, a construção do gasoduto que integrará os países da América do Sul.
SERVILISMO
Os defensores do enfraquecimento do Mercosul – que é o que significa a resistência à adesão efetiva da Venezuela – são exatamente os ardorosos defensores da submissão aos Estados Unidos, ou seja, as viúvas da Alca, devidamente morta e enterrada pela ação do Mercosul e da Venezuela. Daí, PSDB e ex-PFL, ficarem bravateando obstrução da votação no Congresso.
Tendo sido já aprovada pelos parlamentos de Argentina e Uruguai, a entrada da Venezuela no Mercosul precisa ainda da aprovação dos parlamentos do Brasil e do Paraguai. Na quarta-feira o governo Nicanor Duarte encaminhou ao Congresso de seu país pedido de aprovação. “Estamos trabalhando para que o Congresso aprove em breve a adesão total da Venezuela ao Mercosul”, disse o ministro de Relações Exteriores paraguaio, Rubén Ramírez.
No mesmo dia, o embaixador da Venezuela no Brasil, Julio García Montoya, reuniu-se com o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), vice-presidente da Mesa Diretora do Parlamento do Mercosul; senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), presidente da representação brasileira do Parlamento do Mercosul; deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara; e deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB), vice-presidente da Comissão. Segundo García Montoya, a recente manifestação do presidente Hugo Chávez em relação ao Mercosul não teve como objetivo de dar “ultimato” aos Congressos brasileiro e paraguaio, mas sim mostrar a intenção da Venezuela em integrar o Mercosul de forma efetiva o mais breve possível. O embaixador sugeriu que uma delegação de parlamentares venezuelanos venha ao Brasil ainda este mês para uma audiência pública no Congresso para tratar da questão.
Vieira da Cunha informou que o deputado Dr. Rosinha será o relator do projeto de adesão da Venezuela ao Mercosul na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
“Vou trabalhar para que o ingresso da Venezuela seja aprovado o mais rápido possível”, declarou Dr. Rosinha. Segundo ele, “a não adesão da Venezuela ao Mercosul, só interessa aos Estados Unidos”.
Para a Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria, “o momento é de seguir construindo a integração entre Brasil e Venezuela”. Dados da Câmara de Comércio apontam que, em 2006, 2.668 empresas exportaram para o país irmão, “o 10º destino mais importante de nossas vendas externas”. Automóveis, carne de frango, autopeças, tratores rodoviários e celulares foram os principais produtos vendidos, sendo que este ano um dos principais itens tem sido a carne bovina.
Na América Latina, a economia venezuelana tem apresentado um crescimento expressivo nos últimos anos, principalmente em setores não ligados à indústria do petróleo, que continua sendo, evidentemente, o segmento mais dinâmico de sua economia. Segundo o presidente do Banco Central venezuelano, Gastón Parra Luzardo, o PIB do país tem registrado crescimento de 10%, em média, em 13 trimestres consecutivos, entre o quarto trimestre de 2003 e o quarto trimestre de 2006.
Os resultados positivos de comércio com a Venezuela, de um lado, e a suspensão da reunião do G4 (Brasil, EUA, Índia e UE) em Potsdam – na qual ficou claro que os Estados Unidos e a União Européia queriam tão somente impor aos países em desenvolvimento redução de tarifas de importação de produtos industriais -, de outro, mostram claramente que o caminho para os países sul-americanos é a integração, para a qual é fundamental o fortalecimento do Mercosul, conseqüentemente a participação efetiva da Venezuela no Bloco. É de interesse do governo, dos empresários e dos trabalhadores. Porque esse é o caminho do desenvolvimento, da independência, da soberania. Outra “solução” diferente dessa, não passa de submissão aos interesses do Grande Irmão do Norte. Mas, como já frisou Lula, o tempo da submissão chegou ao fim.
VALDO ALBUQUERQUE - Hora do Povo
Aumento de 562% das exportações brasileiras a partir do governo Chávez resulta da cooperação e fortalecimento mútuo que só têm a crescer com a entrada definitiva da Venezuela no Mercosul
A partir do governo Hugo Chávez, as exportações brasileiras para a Venezuela aumentaram 562,4%, passando de US$ 536,67 milhões em 1999 para US$ 3,555 bilhões em 2006. Este ano, até maio, as vendas para o país vizinho já totalizam US$ 1,629 bilhão. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Esses resultados só foram possíveis graças ao avanço da democracia no Continente, com a contribuição decisiva de Lula e Chávez, que possibilitou que os dois países identificassem a importância vital da integração para viabilizar o desenvolvimento não só de Brasil e Venezuela, mas do conjunto dos países sul-americanos. Assim as relações econômicas, das quais o comércio é apenas uma parte, já se dão sob outros valores, como o de cooperação e fortalecimento mútuo. Relações que não estão prontas e acabadas, mas que irão se fortalecer e se renovarão a cada dia porque inspiradas nas idéias de Simón Bolívar, o Libertador. Não é por outro motivo que Petrobrás e PDVSA estão construindo juntas a refinaria Abreu e Lima em Pernambuco e que a estatal brasileira irá atuar na produção de petróleo no Campo Carabobo 1, na Venezuela, entre outras iniciativas. Da mesma forma, a construção do gasoduto que integrará os países da América do Sul.
SERVILISMO
Os defensores do enfraquecimento do Mercosul – que é o que significa a resistência à adesão efetiva da Venezuela – são exatamente os ardorosos defensores da submissão aos Estados Unidos, ou seja, as viúvas da Alca, devidamente morta e enterrada pela ação do Mercosul e da Venezuela. Daí, PSDB e ex-PFL, ficarem bravateando obstrução da votação no Congresso.
Tendo sido já aprovada pelos parlamentos de Argentina e Uruguai, a entrada da Venezuela no Mercosul precisa ainda da aprovação dos parlamentos do Brasil e do Paraguai. Na quarta-feira o governo Nicanor Duarte encaminhou ao Congresso de seu país pedido de aprovação. “Estamos trabalhando para que o Congresso aprove em breve a adesão total da Venezuela ao Mercosul”, disse o ministro de Relações Exteriores paraguaio, Rubén Ramírez.
No mesmo dia, o embaixador da Venezuela no Brasil, Julio García Montoya, reuniu-se com o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), vice-presidente da Mesa Diretora do Parlamento do Mercosul; senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), presidente da representação brasileira do Parlamento do Mercosul; deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara; e deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB), vice-presidente da Comissão. Segundo García Montoya, a recente manifestação do presidente Hugo Chávez em relação ao Mercosul não teve como objetivo de dar “ultimato” aos Congressos brasileiro e paraguaio, mas sim mostrar a intenção da Venezuela em integrar o Mercosul de forma efetiva o mais breve possível. O embaixador sugeriu que uma delegação de parlamentares venezuelanos venha ao Brasil ainda este mês para uma audiência pública no Congresso para tratar da questão.
Vieira da Cunha informou que o deputado Dr. Rosinha será o relator do projeto de adesão da Venezuela ao Mercosul na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
“Vou trabalhar para que o ingresso da Venezuela seja aprovado o mais rápido possível”, declarou Dr. Rosinha. Segundo ele, “a não adesão da Venezuela ao Mercosul, só interessa aos Estados Unidos”.
Para a Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria, “o momento é de seguir construindo a integração entre Brasil e Venezuela”. Dados da Câmara de Comércio apontam que, em 2006, 2.668 empresas exportaram para o país irmão, “o 10º destino mais importante de nossas vendas externas”. Automóveis, carne de frango, autopeças, tratores rodoviários e celulares foram os principais produtos vendidos, sendo que este ano um dos principais itens tem sido a carne bovina.
Na América Latina, a economia venezuelana tem apresentado um crescimento expressivo nos últimos anos, principalmente em setores não ligados à indústria do petróleo, que continua sendo, evidentemente, o segmento mais dinâmico de sua economia. Segundo o presidente do Banco Central venezuelano, Gastón Parra Luzardo, o PIB do país tem registrado crescimento de 10%, em média, em 13 trimestres consecutivos, entre o quarto trimestre de 2003 e o quarto trimestre de 2006.
Os resultados positivos de comércio com a Venezuela, de um lado, e a suspensão da reunião do G4 (Brasil, EUA, Índia e UE) em Potsdam – na qual ficou claro que os Estados Unidos e a União Européia queriam tão somente impor aos países em desenvolvimento redução de tarifas de importação de produtos industriais -, de outro, mostram claramente que o caminho para os países sul-americanos é a integração, para a qual é fundamental o fortalecimento do Mercosul, conseqüentemente a participação efetiva da Venezuela no Bloco. É de interesse do governo, dos empresários e dos trabalhadores. Porque esse é o caminho do desenvolvimento, da independência, da soberania. Outra “solução” diferente dessa, não passa de submissão aos interesses do Grande Irmão do Norte. Mas, como já frisou Lula, o tempo da submissão chegou ao fim.
VALDO ALBUQUERQUE - Hora do Povo
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