“Privatizaram, não investiram e agora vêm com pressões. Devagar senhores, sem extorsões, sem nada”, afirmou o presidente argentino Nestor Kirchner, referindo-se aos problemas registrados nas últimas semanas na questão energética, e advertiu que “existe um lobby para dizer que é necessário subir as tarifas disso, daquilo e daquilo outro” articulado por aqueles que entregaram e paralisaram o setor energético do país.
Na década dos 90, Carlos Menem entregou a principal empresa pública do país, a Jazidas Petrolíferas Fiscais, YPF, e a partir daí se paralisou a exploração e qualquer investimento na área dos hidrocarbonetos. Também inexistiu a preocupação com o setor elétrico. Hoje, com a produção crescendo, e problemas climáticos, o país se choca com a falta de energia.
“Sempre teremos problemas para resolver e questões pendentes às quais devemos dar a atenção prioritária para poder avançar. Mas, repito, antes que retroceder prefiro uma Argentina ao limite, crescendo, que gere trabalho, cuja economia cresça, que cresça o consumo”, acrescentou o líder argentino.
O Ministério de Planejamento de Buenos Aires informou no final de semana passado que já foram liberados 880 milhões de dólares para o desenvolvimento de projetos de infra-estrutura, entre eles os destinados à ampliação de gasodutos e da rede de energia elétrica.
Estão já aprovados e para ser liberados mais de 15 bilhões de dólares para obras que prevêem ampliação de gasodutos de 52,9 milhões de metros cúbicos/dia, enquanto que se projetam ampliações de 5.517 quilômetros de linhas e redes, com uma geração adicional de 8.872 megawatts de energia elétrica, informou o ministério.
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