Uma praga que se espalha por todo canto, cidades grandes, pequenas, médias e meio rural. Nada de novo.
Escrevo isso sob um efeito, difícil de explicar, acabo de perder um grande amigo vítima de assassinos cruéis que sem dar-lhe chance de defesa o alvejaram cinco vezes, por motivo aparentemente fútil, e nesse momento me estou com uma sensação maior ainda de impotência frente a isso, pois acabo de assistir uma moça, provavelmente saindo de seu trabalho ser assaltada - cena corriqueira, mas que poucas vezes presenciei.
Eu na janela sem poder fazer nada dois malandros de bicicleta, brancos bem vestidos, a atacaram, só não a agrediram mais, pois gritei, ela resistiu, mas nada puder fazer a não ser, contemplar, ela saiu desnorteada, caminhando atrás de seus algozes, liguei para um destacamento policial próximo de minha residência. O policial educado e solícito explicou-me que a única (isso mesmo a única) viatura disponível está em uma ocorrência de transito com lesão corporal e que deve ficar retida, nesta ocorrência por mais duas horas.
Quando isso vai ser diferente? Pagamos impostos que são desviados da sua aplicação, pois o Estado deve ser um "bom pagador", para quem? - fico me perguntando - para banqueiros e investidores inescrupulosos, que buscam o lucro a qualquer custo? E a dívida com a sua maior fonte de renda, a população?
Enquanto vivermos num país onde a educação de qualidade for privilégio de poucos, onde se deve com austeridade fiscal cumprir uma cartilha de corte de custo da máquina pública -mesmo que isso signifique mais insegurança nas ruas, deterioração do atendimento na saúde pública e menos crianças nas escolas continuaram se repetindo assassinatos gratuitos, roubos a cidadãos de bem e outras cenas babaras pelas ruas de nossas cidades.
Jéferson "indigado" Pitol Righetto
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