terça-feira, junho 19, 2007

AEB: não nos interessa papel secundário na ISS


“Adquirir uma peça e repassá-la à estação não aumenta nada o nosso progresso”, declarou Sérgio Gaudenzi
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sérgio Gaudenzi, informou que o Itamaraty e o Departamento de Estado norte-americano estão negociando a recomposição do acordo que garante a participação do Brasil na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que deverá ser posteriormente implementado pelas agências espaciais Brasileira (AEB) e Norte-Americana (NASA). “Queremos redefinir a participação do Brasil no projeto em uma base mais ampla, porque não nos interessa um papel secundário como ocorreu até agora”, disse.
“Queremos uma relação maior, que envolva trocas de imagens de satélite e o desenvolvimento de peças”, frisou Gaudenzi.
Ele refutou notícia veiculada por um jornal paulista de que o Brasil não teria contribuído “com um único parafuso para o programa (ISS)”. Segundo Gaudenzi, pelo acordo inicial, o Brasil havia assumido compromisso de investir US$ 120 milhões na construção de equipamentos da ISS. Desses, foram gastos US$ 20 milhões para comprar um projeto, entregue aos Estados Unidos. “Adquirir uma peça e repassá-la à estação não aumenta em nada nosso progresso. A contribuição só será efetiva se nós investirmos na produção dos componentes”, destacou. Em nota de esclarecimento, divulgada na sexta-feira, a AEB afirma que “foram contratados projetos a empresas estrangeiras e fornecidos à Estação Espacial como parte do acordo. Esse tipo de atitude, contudo, não será mais tomada pelo governo brasileiro, que assumiu uma postura de incentivar a pesquisa e a indústria nacionais”.

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