Ao comentar o acordo feito pelo Brasil e a Turquia com o Irã em relação ao programa nuclear, o ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou que os EUA querem resolver tudo com “atitude de caubói”.
“Os Estados Unidos têm historicamente como inimigo na região o Irã. Aí faz uma guerra no Iraque, que era um país mais distante do Irã. Hoje, o país com maior influência no Iraque não são os Estados Unidos, é o Irã. Porque os Estados Unidos acham que resolvem tudo numa atitude de caubói”, disse Amorim em entrevista à Rede Brasil Atual, na quinta-feira (17), dois dias antes da chegada de Barack Obama ao país. “Falando com o Irã não fizemos ameaças, mas advertimos, e advertimos não para o que iríamos fazer, mas para o que iria acontecer. E isso ajudou a aceitarem um acordo que não estavam aceitando”.
Quando o acordo assinado com o presidente Mahmoud Ahmadinejad, com as exigências apresentadas pelos EUA, foi anunciado, Obama e a chefe do Departamento de Estado, Hillary Clinton, rejeitaram o resultado dizendo que o país queria produzir armas nucleares e trabalharam pela imposição de novas sanções contra o país.
O ex-chanceler defende que o "Itamaraty tenha um papel importante junto aos países árabes”.
“Hoje em dia, todos falam que Mubarak era um ditador, mas para Israel e para Washington era um líder árabe moderado, era o modelo. Não vou discutir se era ou não era. O povo egípcio disse o que pensava sobre ele, e é isso o que interessa”, disse.
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