terça-feira, outubro 30, 2007

Tropa de Elite: o sadismo a serviço da sociedade


SÉRGIO RUBENS DE ARAÚJO TORRES


Segundo comemorou a “Veja”, em reportagem de 15 páginas, na edição 2.030, o maior mérito de “Tropa de Elite” é que ao lado de “Cidade de Deus” o filme se constitui numa exceção dentro da cinematografia brasileira, porque não aborda a realidade pela “ótica do bandido”.


Daí deriva, inclusive, ainda segundo a revista, o seu êxito de público, pois o espectador não quer saber como, nem por que, os monstros são criados. O que lhe interessa é ver que serão castigados e exterminados, para que ele possa, enfim, usufruir o merecido sono tranqüilo.


Moral da história: quem quiser fazer sucesso filmando no Brasil deve renunciar à crítica e especializar-se em copiar os filmes americanos do gênero, onde os “justiceiros” não vêem outra alternativa para defender a sociedade que não a de passar por cima das leis e barbarizar os criminosos, o que acabam fazendo, via de regra, com requintes de sadismo.


O problema desse enfoque é que, além de ser tipicamente fascista, vende uma ilusão ao espectador menos atento: a de que os monstros deixarão de assombrá-lo se forem tratados com um teor de crueldade e covardia igual ou maior ao que devotam às suas vítimas.

Não vão.


Primeiro porque enquanto a explosiva combinação de miséria, desigualdade social, desestruturação familiar, abandono e ignorância, que engendra a criminalidade em escala nas grandes cidades brasileiras, não for erradicada a fábrica de bandidos estará despejando diariamente no mercado novos e mais abundantes modelos. É natural que “Veja”, no intuito de fortalecer sua posição de porta-voz dos que amealham fortunas produzindo e aprofundando essa situação, procure ocultar tal fato. Mas nem por isso ele deixa de ser óbvio.


Segundo porque há uma enorme diferença entre tratar o criminoso com a dureza correspondente ao seu grau de periculosidade e tratá-lo com perversidade. A perspectiva de um tratamento perverso, longe de intimidá-lo e dissuadi-lo, apenas o torna mais desesperado e brutal. E, o que é ainda mais grave, reduz a zero a autoridade moral de quem apela para os métodos de “conduta informal” – eufemismo empregado por “Veja”, conforme o padrão da CIA, para designar a tortura e execução de prisioneiros.


Que autoridade pode ter um torturador ou um policial que mata a sangue frio bandidos rendidos? Que diferença esse tipo de detrito humano acha que tem do homicida sádico? Como ele, também está agindo à margem da lei, com a diferença de que é pago para respeitá-la - condição primeira de quem tem como profissão fazer com que os outros a observem. Aliás, para conservar um mínimo de respeito às suas pessoas, essas almas penadas costumam ocultar as façanhas até dos vizinhos e mesmo dos próprios familiares.


Que sono tranqüilo poderia ter o nosso espectador se a autoridade que deveria protegê-lo baixasse ao nível dos monstros que o atormentam? De que serviria uma autoridade despida de legitimidade moral? Até na guerra, já dizia Bonaparte, os fatores morais estão para os materiais assim como três está para um.


“Tropa de Elite” é contido em relação aos modelos americanos da estética da barbárie nos quais se inspirou. Produzidos aos borbotões por Hollywood, a partir da escalada no Vietnã, esses filmes tem o objetivo de levar o espectador a considerar natural que num conflito todo e qualquer meio seja empregado contra o inimigo. A idéia subjacente é a de que já que o adversário é invariavelmente um bárbaro que não se detém diante de nada o remédio é sermos mais bárbaros do que ele, do contrário a derrota será líquida e certa. O bom mocinho não é mais aquele que oferece ao bandido a chance de sacar primeiro. É o que o impede de fazê-lo atirando antes, de preferência pelas costas.


Em “Tropa de Elite” não há, como em “Direito de Matar-3”, a profusão de execuções - mais de uma centena - realizadas pelo “justiceiro” que diante da inércia policial resolve limpar o bairro. Há apenas duas. Numa, porém, o traficante, já ferido, rendido e sabendo que iria ser morto, pede que não lhe atirem na cara, “para não estragar o velório”. O vice-mocinho, num plano bem marcado, troca então sua arma por uma calibre 12 e dispara – adivinhem aonde. Uma edificante execução, para americano nenhum botar defeito.


Torturas também não há muitas, mas é sintomático que os heróis do Bope – Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar - considerem válido empregar a asfixia por saco plástico não só contra traficantes, mas também contra mulher de traficante, para que esta delate o seu esconderijo. A extensão do tratamento perverso a inocentes, honra seja feita, não é advogada em quaisquer casos, somente naqueles em que a recusa a colaborar com as diligências torne isso inevitável.


Quanta magnanimidade!


Tudo se explica, segundo o filme, porque na Polícia Militar só há duas alternativas: “tornar-se corrupto ou assumir a guerra”. E guerra para eles é assim que se trava.
Um ex-capitão do Bope, que participou da confecção do roteiro de “Tropa de Elite”, disse que por se tratar de uma obra de ficção houve exageros e na realidade as coisas não se passam exatamente do jeito que foram apresentadas.


Esperamos que sim e que o macabro símbolo do batalhão - real e não imaginário, a caveira com as pistolas substituindo as tíbias e o punhal atravessado - não passe de uma bazófia de mau gosto.


O fato é que quando a autoridade policial acha bonito apresentar-se diante da sociedade com um símbolo que tomou emprestado aos bandidos ela corre o risco de confundir-se com eles e pode, mais dia menos dia, se ver na desagradável contingência de ter que acertar contas com a lei.
E nessa hora, podem estar certos: “Veja” e outros que açularam seus baixos instintos não vão aparecer em sua defesa. Que o digam os azes da Scuderie Le Coq.

domingo, outubro 28, 2007

Racismo nos EUA alastra-se desde os grotões do Sul a NY


Sob o Estado policial de Bush ressurgem as cordas de forca penduradas - ao modo Ku Klux Klan - na pequena Jena (Louisiana) e em plena Universidade Columbia, além do espancamento de um jovem negro por cinco racistas nas ruas de Nova Iorque
Em pouco mais de duas semanas, uma onda de violência racista expôs as entranhas de Nova Iorque sob o regime de W. Bush: cordas de forca penduradas - ao modo Ku Klux Klan – em plena Universidade Colúmbia, uma das principais do país, na porta de uma família negra no bairro do Queens e até no Marco Zero das torres derrubadas do World Trade Center; espancamento de um jovem negro com bastão de beisebol por cinco brancos, às vésperas de se completar um ano da execução, pela polícia de Nova Iorque, de um jovem negro desarmado, Sean Bell, com 50 tiros; e pixações (também na Colúmbia) aconselhando “jogar bomba atômica em Meca, Bagdá, Teerã, Jakarta e em todos os selvagens africanos”. As cordas de enforcamento já tinham aparecido no caso dos “Seis de Jena” (Louisiana), em que o promotor pede 100 anos de prisão para os rapazes negros que foram ameaçados por sentarem sob uma “árvore só para brancos”, e que depois de várias provocações deram um leve corretivo num dos segregacionistas.

INCENTIVO

Mas não se trata de nenhum relâmpago em céu de brigadeiro. Há uma escória que vem se dedicando a esses atos, e que age com desenvoltura porque se sente apoiada e incentivada pelo regime de W. Bush e por larga parcela da mídia. Ao criar um estado de demo-nização e perseguição permanente de árabes – para assaltar o petróleo - e de imigrantes – para arrumar um bode expiatório internamente -, Bush exacerba as contradições intestinas que afligem os EUA, apesar de amenizadas pelas conquistas da gigantesca luta pelos direitos civis dos anos 60 – que os republicanos tentam, de todo jeito, fazer retroceder. Este ano, a Suprema Corte, melhor dizendo, a “Gangue dos Cinco” – os juízes reacionários nomeados por Reagan, Bush Pai e Bush Filho - revogou por 5x4 o sistema de cotas, sob a falsidade de que seria “favorecimento dos negros”, parcialidade e “inconstitucional”. Na realidade, o sistema de “cotas” é apenas uma pequena, muito modesta reparação, ao que foi subtraído dos escravos e seus afro-descendentes submetidos ao apartheid.

FRONTEIRA

Com gangues, na fronteira com o México, dedicadas a assassinar imigrantes, e o governo inclusive já estudando mandar os boys da Blackwater para profissio-nalizar o serviço; com esquadrões no Iraque executando famílias árabes sob qualquer pretexto, e o governo e a mídia promovendo a histeria “anti-terror”; com tal “clima”, não há como os velhos e novos racistas não se sentirem à vontade para começarem a mostrar aquelas cordas de enforcamento a toda hora. O regime de W. Bush também insufla esse estado de coisas ao cassar os registros eleitorais de milhões de negros, para facilitar a fraude que o “elegeu”, e ao cortar fundo nos programas sociais de que grande número de famílias negras depende para escapar da fome. Também fomenta ao promover a tortura, pregar sua “legitimação” e manter campos de concentração como Guantánamo. Não por acaso, em uma das várias manifestações de repúdio na Universidade de Colúmbia, dezenas de ativistas vestiam aqueles macacões laranja vistos nos presos de Guantánamo
Muitos já temem inclusive uma “crise racial” em Nova Iorque, o que não seria a primeira. O espancamento do jovem negro ocorreu na última sexta-feira, dia 19. A agressão ocorreu numa esquina em Mariners Harbor, Staten Island. Ele ficou gravemente ferido. No dia 9, foi encontrada uma corda amarrada na forma de nó de forca, na porta do escritório da professora Madonna Constantine, psicóloga do Teachers College da bicentenária Universidade de Colúmbia, e autora de livros e pesquisas contra o racismo. Como se sabe, pendurar um negro numa árvore por qualquer motivo era uma ação típica da Ku Klux Klan no sul dos EUA, assim como os linchamentos, as cruzes em chamas e os capuzes brancos. O nó de corda de forca se tornou um dos principais símbolos do apartheid que vigorou nos EUA até ser barrado pela luta que Luther King e Malcom-X encabeçaram. Historiadores estimam em milhares o número de negros enforcados nos 80 anos do regime de segregação nos EUA.
Nas manifestações de repúdio aos racistas, centenas de estudantes e professores levaram faixas com os dizeres “Jena em Colúmbia”, numa referência às cordas de enforcamento nos dois casos. Quanto à corda de enforcamento na porta da agência de correios, no canteiro de obras do Marco Zero, possivelmente a intenção seja estender o know-how da Ku Klux Klan aos árabes. Não se trata de um ou outro “fato isolado”. De acordo com entrevista coletiva do comissário de polícia Raymond Kelly, em Nova Iorque há um aumento de 10% no número de crimes de discriminação racial, com “mais 256 episódios em relação a 2005”.

RESPOSTA

A professora Constan-tine afirmou em entrevista que “amarrar uma forca na minha porta é o sinal da covardia dos racistas de hoje”. Constantine acrescentou que sua resposta a quem havia feito isso era: “não vão me calar, não vão conseguir me intimidar”. Foram várias as manifestações de solidariedade a ela prestadas. O reitor Lee Bollinger, tão loquaz nas “considerações” de apresentação do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, levou mais de 24 horas para vir a público condenar a corda de forca. Demora que foi denunciada como “inaceitável” pela presidente da Associação dos Estudantes Negros de Columbia, Tiffany Dockery.

HARVARD

Já na Universidade de Harvard, outra das maiores dos EUA, o diretor do Centro de Imprensa e Política Pública, Alex Jones, considerou “um exagero” o repúdio às cordas para enforcamento. Segundo ele, “virou moda entre os estudantes fazer provocações com símbolos racistas ou nazi-facistas”. Ele só não explicou porque seria normal tal tipo de “moda”, nem porque alguém deveria se sujeitar aos “símbolos racistas ou nazi-facistas”. Na principal manifestação realizada na Universidade de Columbia, com ironia estudantes e professores exigiram “tolerância zero” no combate aos racistas.

ANTONIO PIMENTA
Hora do Povo

quinta-feira, outubro 25, 2007

A Opep verde está chegando


Sebastiaan Gottlieb e Daniela Stefano
19-07-2007
A segunda geração de biocombustíveis é a alternativa perfeita para substituir o uso do petróleo. Representa uma solução para o efeito estufa e pode contribuir na luta contra a pobreza nos países em desenvolvimento. É o que diz André Faaij, professor da Universidade de Utrecht na área de ciências naturais e sociedade.

Atualmente, usa-se muita lavoura para fazer biocombustíveis, como o álcool ou o biodiesel. O milho é utilizado principalmente nos Estados Unidos e as palmeiras no sudeste asiático. A colza é a matéria prima na Europa. O problema desses vegetais é que tais plantações transformam-se em monoculturas e ocupam o espaço das plantações alimentícias, que precisam de bom solo. De acordo com André Faaij, o uso de biomassas de gramíneas e árvores não possuem essas desvantagens.

Fonte promissoraGramíneas e árvores possuem a vantagem de poderem ser cultivadas em solo que não seria adequado às safras alimentícias ou em climas hostis ao milho e à soja. Experiências de campo sugerem que as gramíneas podem se tornar fonte promissora de biocombustível no futuro, segundo Ford Runge e Benjamin Senauer, dois professores dos Estados Unidos.

Em um artigo, publicado por eles na revista Foreign Affairs, os catedráticos defendem que os custos de colheita, transporte e conversão desse tipo de matéria vegetal continuam elevados, se comparado à economia de escala propiciada pelos métodos atuais de produção.

Os norte-americanos citam o exemplo de um executivo de uma usina de etanol no Oriente Médio que calculou que para abastecer uma usina de etanol com gramíneas, seria necessário que um caminhão de grama fosse descarregado a cada seis minutos, 24 horas por dia.

"As dificuldades logísticas e os custos de conversão da celulose em combustível, combinados aos subsídios e aos fatores políticos que atualmente favorecem o uso de milho e soja, tornam pouco prático esperar que o etanol de celulose se torne uma solução viável nos próximos 10 anos.", dizem os professores.

Otimismo
André Faaij, por sua vez, diz que há um grande consenso internacional sobre o efeito favorável da segunda geração de biocombustíveis. Ele está muito otimista com a possibilidade da introdução desse tipo de combustível.

Há dois anos, pouco se sabia sobre tal tecnologia. Atualmente, empresas de petróleo e de aviação também participam dos debates e têm a intenção de utilizar ou desenvolver a segunda geração de biocombustíveis. As empresas de navegação internacional e a indústria farmacêutica também acompanham tal iniciativa e a classificam como positiva.

"Tecnologia não é o problema. Uma grande quantidade de empresas holandesas, dentre as quais Shell é uma protagonista importante, possuem os conhecimentos necessários", afirma Faaij, que complementa que "essas empresas estão à espera de uma política estável, com o apoio e a proteção necessários para este tipo de investimentos", afirma Faaij

De acordo com o professor, é preciso agora que os políticos coloquem em prática o desenvolvimento da segunda geração de biocombustíveis. Normalmente, convencer os políticos é o processo que leva mais tempo.

Em todo o caso, Faaij dará sua contribuição. Em setembro ele vai para a China como presidente de um grupo de trabalho de biomassa do Fórum Econômico Mundial para falar sobre a promissora segunda geração de biocombustíveis

sábado, outubro 20, 2007

Putin: “Iraque mostra que EUA não conseguirá criar mundo unipolar”

O presidente russo fez pronunciamento durante o encontro dos cinco países que margeiam o Mar Cáspio, realizado no Irã, onde foi aprovada declaração de defesa da soberania da região“O Mar Cáspio é um mar mediterrâneo que só pertence aos Estados do Cáspio, e portanto somente eles têm o direito de explorar suas riquezas e manter navios e forças militares na zona”, afirmou o presidente Vladimir Putin, no seu discurso na reunião de Cúpula dos países dessa região realizada no Irã, na terça-feira, dia 16. O dirigente destacou “a necessidade da Rússia, Azerbaijão, Irã, Cazaquistão e Turcomenistão não permitirem o uso de seus territórios com objetivos militares contra qualquer outro dos países do Cáspio”, tendo em conta o interesse dos EUA de interferir na região que possui grandes reservas de petróleo e gás na plataforma marítima, além de pretender utilizar alguma das ex-repúblicas soviéticas como base operacional contra o Irã.
“Nenhuma potência mundial, por grande que seja, poderá resolver os problemas mundiais por si só porque não lhe alcançariam os recursos financeiros, econômicos, materiais nem políticos, e os exemplos do Iraque e do Afeganistão confirmam esta tese. Os EUA não conseguirão criar um mundo unipolar, praticamente é irrealizável”, assegurou Putin a jornalistas em Teerã, enfatizando que “por essa razão, a Rússia propõe elevar o protagonismo de uma organização internacional universal como a ONU, conceder mais importância ao Direito Internacional, observar estritamente os princípios da soberania nacional e buscar acordos de compromisso na hora de tomar importantes decisões”, enfatizou.
O presidente Mahmud Ahmadinejad reforçou a importância de manter as potências estrangeiras, particularmente os Estados Unidos, fora do Mar Cáspio. “As cinco nações aqui reunidas coincidem com que a decisão sobre todos os aspectos relacionados com esse mar corresponde às nações litorâneas”.
PROJETOS
Putin propôs construir “um canal para conectar o Mar Cáspio com bacias do Mar Negro e do Mar de Azov”, e assinalou que os países da região devem coordenar os projetos para potenciar a eficiência, o uso dos recursos e impedir danos ao meio ambiente.
O Mar Cáspio encerra uma grande importância para a Rússia e o conjunto dos países banhados por ele. Depois da desintegração da URSS cujos tratados com o Irã, assinados em 1921 e em 1940, estabeleciam regras que beneficiavam ambos Estados, os EUA tentaram impor governos títeres nos novos países que surgiram, especificamente o Azer-baijão, Cazaquistão e Turco-menistão; ingerência que se agravou com a descoberta de riquíssimas jazidas de hidrocarbonetos. Nos últimos anos, o governo de Vladimir Putin realizou diversos projetos de desenvolvimento conjunto com os países que compunham a União Soviética com o objetivo de garantir a exploração dos recursos para a região.
“A Declaração aprovada testemunha que os países do Cáspio têm avançado muito em relação à cúpula de Asjabad de cinco anos atrás”, destacou Nursultan Nazarbaiev, presidente do Cazaquistão, acrescentando que o acordo tripartite assinado na reunião sobre a construção de uma ferrovia entre Irã, Cazaquistão e Turcomenistão levará a uma estreita colaboração dos Estados costeiros no desenvolvimento de novos corredores de transito.
No próximo ano, a Rússia acolherá uma conferencia econômica dos cinco países. “Aceitamos a proposta do presidente Ahmadinejad de criar um órgão de caráter econômico no Cáspio. A discussão que mantivemos agora foi sincera e concreta, existe um grande desejo de obter consenso entre nós para que todos nossos países ganhem e preservando este ambiente solucionaremos todos os problemas que se apresentarem”, frisou.
DECLARAÇÃO
A declaração que estabelece os princípios de conduta no Mar Cáspio estabelece que os cinco países assinantes “se comprometem a aprofundar o diálogo e a cooperação no âmbito econômico, especialmente, nos setores de energia e transporte”; potencializar na zona a formação “de corredores de transporte”; empreender com caráter imediato “ações conjuntas para prevenir o impacto negativo sobre o meio ambiente”; e contribuir por todos os meios para que o Mar Cáspio seja “uma região de paz, estabilidade, desenvolvimento econômico sustentado, bem-estar, boa vizinhança e cooperação eqüitativa”.
Azerbaijão, Cazaquistão, Irã, Rússia e Turcomenistão sublinharam que suas forças armadas não perseguem o objetivo de agredir a outros países dessa região e que, “em nenhuma circunstancia deixarão usar seu território para a agressão e outras ações militares de terceiros Estados contra alguma das partes”, consta no documento.
A Declaração repudia a prática de ingerência nos assuntos internos de países soberanos que têm o direito inalienável de escolher seu próprio modelo de desenvolvimento, em relação aos direitos humanos, e tomando em consideração os valores históricos, sociais e culturais da região. Os assinantes condenam o tráfico de armas e drogas, outras formas de delinqüência nas fronteiras, com cinismo e hipocrisia é financiado e incentivado pelo Império. Condenam também o separatismo agressivo e outras formas violentas de ingerência terrorista. Reafirmam o direito inalienável de qualquer país membro do Tratado de Não Proliferação Nuclear, TNPN, a investigação, produção e uso da energia nuclear com fins civis, sem discriminação alguma e segundo as cláusulas de dito tratado.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Placa tectônica fina afastou Índia da África Terra - Ambiente

Placa tectônica fina afastou Índia da África Terra - Ambiente

Placa tectônica fina afastou Índia da África
A pouca espessura da placa tectônica da Índia fez com que há cerca de 140 milhões de anos essa porção de terra se separasse em grande velocidade do imenso continente que formava com a atual África, Austrália e Antártida.
Esta é a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores de Índia e Alemanha, que aborda a desintegração daquela enorme extensão de terra chamada Gondwana (atuais África, Austrália, Antártida e Índia). A pesquisa foi publicada na mais recente edição da revista científica britânica Nature.
"Descobrimos que a região da Gondwana que tem a litosfera mais fina é a Índia. As raízes litosféricas de África do Sul, Austrália e a Antártida alcançam entre 180 e 300 km de profundidade, enquanto as da Índia só chegam a 100 km", explicam os especialistas em seu estudo.
Esta "pequena" espessura sob o solo da Índia teria feito com que sua placa tectônica deslocasse com maior velocidade no momento em que se dirigia rumo à Ásia, continente com o qual colidiu há 50 milhões de anos.
Segundo os cientistas, após esse choque de placas, que originou a cordilheira do Himalaia, a Índia teria desacelerado seus movimentos.
EFE
Agência EFE

quinta-feira, outubro 18, 2007

Noticias da Guerra

O tom de voz vai subindo entre o governo de Washington e o de Moscou. O tema é o Irã, mas por trás disto transparece que a ação da OTAN continua sendo a de cercar a Rússia, e a desta a de se defender a qualquer preço. Bem vindos sejamos nós a esta nova versão da Guerra Fria.

Flávio Aguiar

Decididamente a Guerra Fria está de volta, ainda que numa versão diferente da dos tempos da extinta União Soviética, come menos ideologia e mais pragmatismo, e com novos alinhamentos.Em junho deste ano o primeiro ministro russo Vladimir Putin manifestou seu descontentamento diante da iniciativa de Washington oferecendo novas bases militares para a Polônia e a República Tcheca. Ambas as ofertas foram recebidas com entusiasmo, mas não por Moscou.

Bush declarou em Rostok que as bases tinham por objetivo cercar o Irã. Mas nas proximidades de uma coisa e da outra estão as fronteiras da Rússia e também a de algumas antigas repúblicas da finada União Soviética.

Putin ofereceu a Bush a alternativa de usar bases da Rússia, herdadas dos tempos socialistas, para criar frentes militares comuns dos EUA e da Rússia para vigiar o Irã. A proposta era o que parecia: uma alternativa para ganhar tempo, pois nada mais inverossímil do que bases comuns para os antigos inimigos na Guerra Fria.

Agora o tom subiu. Diante do reconhecimento rotundo do fracasso, ou pelo menos impasse, das intervenções do Ocidente no Afeganistão e no Iraque, e diante do também fracasso do governo norte-americano em isola-lo, o primeiro ministro iraniano Mahmoud Amadinejad sentiu-se forte o suficiente para desafiar o desafeto em sua própria casa e nos arredores: foi aos Estados Unidos e até a Bolívia, onde desenvolveu propostas de acordo em torno de questões energéticas.

Tinha razão: num salto estratégico, Putin fortaleceu-o . Visitou o Irã na segunda e na terça-feira, comprometeu-se com a construção de uma usina nuclear para o Irã no Golfo Pérsico, e declarou que a Rússia se opõe a uma intervenção militar na região, leia-se, uma invasão do Irã pelos Estados Unidos e/ou aliados. Mais: acaudilhou, nesta declaração, o Cazaquistão, o Azerbaijão (cortejado pelo OTAN para construção de bases militares) e o Turcomenistão, dando mostras para Washington de que ainda é o “capo” na região.

A resposta veio rápida: Bush deu entrevista dizendo que se o Irã conseguir armas nucleares, isso pode levar à Terceira Guerra Mundial, porque, entre outras coisas, o governo de Teerã prega a destruição do Estado de Israel. E ainda manifestou a vontade de que Putin lhe relatasse o que, afinal, aconteceu em Teerã.

Enquanto isso, em Moscou, numa espécie de “talk show” ao telefone, onde podia responder perguntas diretas pelo telefone, Putin retrucava que a Rússia retomaria a pesquisa de novas armas nucleares. Ele não especificou o que isso significava, mas aventou para a possibilidade de que elas seriam de efeitos espetaculares.Outros fatores complicam a situação:

1. Caiu como uma bomba na Europa e nos Estados Unidos a resolução do Parlamento turco autorizando o governo de Ankara a fazer incursões armadas em território iraquiano contra os curdos. O motivo alegado é a morte de duas dezenas de soldados turcos em atentados atribuídos ao Partido dos Trabalhadores Curdos, movimento que teria base em território do norte do Iraque. A resolução é também, não há dúvida, uma resposta à decisão do Senado norte-americano classificando como genocídio o massacre de armênios em 1915, ainda durante o Império Otomano, em território turco.

2. Al Gore. O premio Nobel da paz concedido a Al Gore é uma desmoralização internacional para o governo Bush, que chegou ao poder através de uma eleição de lisura contestada graças a manipulação de votos na Flórida, estado então governado pelo irmão do presidente. O fator Al Gore desestabiliza a eleição norte-americana, mas não se sabe ainda como nem para que lado. Não se sabe se fortalece Gore contra Hillary Clinton, se fortalece os democratas como um todo, se isola Obama, etc. Porque ninguém sabe ainda o que fará Al Gore depois do prêmio. Mas uma coisa é certa: esse premio empurra mais ainda a faca no pescoço do governo Bush, já internacionalmente desmoralizado, embora ainda tenha a faca, o queijo, o prato, a toalha e a mesa a seu dispor, graças ao poderio militar de que desfruta.

De todo modo, prezada leitora, prezado leitor, se está na casa dos sessenta, como eu, bem vindo de volta à Guerra Fria, agora sob nova administração. Caso seja jovem, bem vindo ao passado: ele voltou.

http://www.agenciacartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=14682&boletim_id=368&componente_id=6925

sexta-feira, outubro 12, 2007

O horário de verão

O horário de verão, quando os relógios devem ser adiantados em um hora para reduzir o consumo de energia, começa no domingo nas Regioes Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. A 'virada' será a zero hora do domingo (meia noite do sabado). A medida, que vai vigorar até 16 de fevereiro de 2008, deve proporcionar uma reduçao de 4% a 5 % na demanda, o que representa cerca de 2 mil megawatts (MW), segundo estimativa do Operador Nacional do Sistema (ONS). Nao esqueça da providência para nao acordar fora de hora na 2a feira

Fome atinge 815 milhões no mundo, diz instituto

BBCBrasil.com Reporter BBC Fome atinge 815 milhões no mundo, diz instituto


Cerca de 815 milhões de pessoas passam fome no mundo, alertou nesta sexta-feira o Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares, uma organização com sede em Washington.

O Instituto, que divulgou seu Índice de Fome Global, também alertou que 127 milhões de crianças sofrem com insuficiência alimentar no mundo.

O índice mostrou que os problemas são mais graves nos países da África subsaariana. As dez piores posições do ranking são ocupadas por países dessa região.

Outro traço comum entre eles é o histórico de guerras civis ou conflitos violentos, afirmou o relatório.
Na América Latina, o Haiti tem problemas “alarmantes” nessa área, de acordo com o indicador.

Clique aqui para ler mais sobre a situação no Brasil

Guerras e fome
O índice levou em consideração fatores como mortalidade infantil, desnutrição infantil e o número de pessoas com deficiência alimentar em 119 nações pobres ou emergentes até 2003.
Dos 12 países com as maiores pontuações no índice, nove enfrentaram guerras civis ou conflitos violentos.

MELHORES NOTAS - RANKING GERAL
Belarus – 1,59
Argentina – 1,81
Chile – 1,87
Ucrânia – 1,97
Romênia – 2,07
Fonte: Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares


“Conflitos armados agravam o problema da fome para além do seu impacto no desempenho macroeconômico dos países: combatentes frequentemente usam a fome como uma arma de guerra, cortando o fornecimento de alimentos, submetendo populações ‘inimigas’ à inanição, e capturando ajuda alimentar destinada a civis”, afirmou o relatório.

Os países do sudeste asiático registraram os piores resultados de mortalidade infantil.
No entanto, afirmou o relatório, “na maior parte da Ásia onde a Revolução Verde aumentou o fornecimento de alimentos, a fome e a desnutrição estão em queda desde os anos 80”.
Mulheres e Aids

O instituto criou uma pontuação que varia de zero a cem, em que zero é o melhor resultado.
A maioria dos países da América do Sul tem uma pontuação menor que dez, indicando problemas “moderados”. A exceção na região é a Bolívia, que está na faixa de pontuação 10-20, ou “grave”, junto com outros países centro-americanos.

PIORES NOTAS - RANKING GERAL
Burundi – 42,7
Eritréia – 40,4
Rep. Dem. Congo – 37,6
Etiópia – 36,7
Serra Leoa – 35,2
Fonte: Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares


O Haiti é o único latino-americano com pontuação maior que 20. Nessa faixa, também estão os países do sul asiático, destacou o relatório.

“Na Índia e em Bangladesh há altas taxas de desnutrição infantil. O status inferior das mulheres nos países do sul asiático e sua falta de conhecimento nutricional são determinantes importantes para a alta prevalência de crianças com baixo peso na região”, sublinhou a pesquisa.

O estudo apontou uma relação entre a Aids e a fome, já que muitos países com alta incidência do HIV tiveram resultados medíocres no ranking.

O diretor-geral do instituto, Joachim von Braun, disse que espera “mobilizar a vontade política para aumentar urgentemente o progresso na luta contra a fome nos países onde ela é pior”.

“Graças à adoção das Metas do Milênio, a fome e a pobreza saltaram para o topo da agenda do desenvolvimento global, com o objetivo de cortar a fome à metade em 2015”, ele lembrou.
Mas acrescentou: “Não podemos estar satisfeitos com apenas cortar a fome pela metade. O problema deve ser erradicado completamente.”

Brasil melhora posição em 'ranking da fome' mundial

BBCBrasil.com Reporter BBC Brasil melhora posição em 'ranking da fome' mundial


Um índice calculado por organizações internacionais mostra que o combate à fome avançou no Brasil entre 2003 e 2004, acelerando o passo de uma fenômeno que vem se registrando desde os anos 90.

Mais clique no link acima!

terça-feira, outubro 09, 2007

A sombra do Che

No artigo, cinco razões para os arautos da direita brasileira (de que Veja é apenas o mais conspícuo ninho) detestarem a sombra de Ernesto Guevara, que continua mais viva do que nunca, sobretudo do que aqueles vivos que estão mortos e ainda não sabem.

Flávio Aguiar
Causou reações a reacionária matéria de capa de Veja sobre Ernesto Guevara, por ocasião destes 40 anos de sua morte, assassinado por membros do Exército boliviano a serviço dos Estados Unidos. Mas é coisa de não causar surpresa.

Tentaram, na revista, levantar o que os psicanalistas jungueanos chamariam de "a sombra" de Ernesto Guevara. Sob a égide de "destruir" um mito, pretenderam levantar tudo o que de negativo se poderia sobre a vida de um homem humano, certamente mais humano do que estes arautos do que de mais servil existe no jornalismo brasileiro.

Não conseguem. É verdade que Ernesto Guevara se transformou no mito Che. Num mito, quanto mais se bate, mais ele cresce. Porque ao contrário do que essas vulgaridades pensam, um mito não é sinônimo de uma mentira. Um mito é uma história que explica porque estamos aqui e somos assim ou assado. Um mito remonta a enigmas que não conseguimos explicar. Então temos que narrar.

Abaixo, dou cinco razões pelas quais os arautos da direita brasileira não podem suportar o mito Che. Muito mais do que a direita propriamente, porque duvido que os poderosos de fato na direita estejam hoje muito preocupados com o mito Che Guevara. Até porque nenhum – repito, nenhum – governo de hoje na América Latina está à altura do mito.

1) Che em línguas pampeanas quer dizer "homem". Em guarani quer também dizer "meu". El Che significa "o homem", "o ser humano", em linguagens que, como rios subterrâneos, nos lembram das catástrofes históricas que nos trouxeram até hoje. O nome, El Che, é uma cicatriz da história, assim como o de Zumbi, ou o de Anita Garibaldi. Com a diferença de que ele cobre o continente e hoje o mundo com sua imagem. A mera presença desse nome como dos preferidos no mundo inteiro prova que as tragédias dos povos são inesquecíveis, por mais que as queiram mergulhar no esquecimento.O nome do Che é um ícone do anjo de Walter Benjamin, aquele que segue para diante na história, mas de costas, vendo-a como uma construção de ruínas.

2) O Che foi um guerrilheiro romântico. Nada mais estranho ao mundo desses arautos do que qualquer sombra de romantismo rebelde. Eles (os arautos) tiveram que eleger o servilismo como estilo, têm que beijar a mão que os afaga ou os chicoteia conforme o gosto (o deles e o da mão). Palavras como rebeldia, entono, ousadia, energia, paixão, e outras do mesmo estilo, são verbetes em branco nos seus dicionários. O Che – que como todo o ser humano tinha qualidades, defeitos e problemas, e que como todo o mito, é mais uma lâmina de contradições do que de certezas absolutas – era alegre, era um ser voltado para a vida, não para a morte. Como podem os mortos vivos passar incólumes diante desse ser em contínua operação na história, eles que venderam a alma mas esperam poder deixar de entrega-la?

3) O Che era latino-americano. Nada mais detestável para esses arautos (e aí também para os poderosos da direita) do que a lembrança de que eles são latino-americanos. O ideal da sombra deles (a sombra é aquilo que a gente também é mas não gosta de lembrar de que é) é que o Brasil fosse uma imensa pista de aeroporto rumo ao norte, aos idolatrados shoppings centers onde se fala inglês como "língua natural" (como se isso existisse), porque é assim que eles vêm o mundo e a cultura do hemisfério norte. O fato do ícone cuja imagem é uma das mais procuradas no mundo ser a de alguém que morreu pelos povos desse continente amaldiçoado pelos poderes de todo o mundo traz pesadelos inconfessáveis para esses arautos. Pesadelos tão pesados que de manhã eles fingem nem se lembrar deles. Fingem tão fingidamente que até acreditam ser o sonhozinho de consumo em que fingidamente vivem, esses sinhozinhos das próprias palavras, a quem tratam como escravas.

4) O Che lutou pela libertação da África. E com os demais companheiros e companheiras do Exército cubano. Sem a participação de Cuba, é possível até que o regime do apartheid sulafricano pelo menos demorasse muito mais para cair. A vitória do Exército angolano, com Cuba, contra as forças sulafricanas, na batalha de Cuita Canevale foi fundamental para a queda do regime sulafricano. É verdade que as iniciativas do Che nas lutas no Congo não tiveram êxito. Não importa: como o Che é que se tornou o mito, ele carrega nas costas essa pesada carga de ser um dos ícones da solidariedade latino-americana com os povos do continente cujas costas lanhadas de sangue ajudaram a construir a nossa riqueza.

5) O Che era bonito. Aí é demais. Dispensa palavras.Tudo isso vem aliado à terrível sensação, para esses arautos, de que o mito do Che, a lembrança do personagem vivo, sobreviverá a todos eles. E que se esse mito-anjo vê a história como a construção de ruínas, eles, os arautos, são as mais expressivas da ruína humana a que se reduz o servilismo eleito como estilo.

http://www.agenciacartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=3737

domingo, outubro 07, 2007

Ataques misteriosos israelenses

Ataques misteriosos israelenses - Radio Nederland, a emissora internacional e independente da Holanda - Português:
"Um barco norte-coreano que desaparece sem deixar vestígios na costa da Síria. Um ataque aéreo do exército israelense em território sírio. Israel, por sua vez, mantém-se calado sobre o assunto enquanto os rumores correm soltos. Quando há algum ataque israelense a territórios palestinos, Israel é o primeiro a chamar a imprensa para fazer qualquer comentário. Mas, a esta demonstração de força em território sírio seguiu-se um silêncio até então desconhecido. Porta-vozes do exército receberam a incumbência de não falar nada."
Clique no link para saber mais!

Portugal e os brasileiros - Radio Nederland, a emissora internacional e independente da Holanda - Português

Portugal e os brasileiros - Radio Nederland, a emissora internacional e independente da Holanda - Português

Em entrevista à Radio Nederland, o diretor geral adjunto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal, Francisco Alves, relatou a forma com que milhares de brasileiros, que já vivem em Portugal, poderão ter a sua situação legalizada oficialmente.
Enquanto algumas informações mencionavam as cifras de 14 mil, que tinham o direito a legalização, Alves disse que esses números não ultrapassavam a casa dos 11 mil.
Tudo isto devido ao acordo luso-brasileiro de Contratação Recíproca de Nacionais, conhecido em Portugal como o acordo Lula. Todos os brasileiros que entraram em território português, até a data de assinatura deste acordo, ou seja, até o dia 11 de julho de 2003, poderão se beneficiar dessas medidas.
No balanço das autoridades portuguesas, cerca de 29 mil pessoas já haviam feito um pré-registro que, na ocasião, não era obrigatório. Cerca de 18 mil já se encontram legalizadas, enquanto que os 11 mil restantes poderão, agora, pleitear pela sua regularização oficial em Portugal. Mas ele não garantiu que todos esses iriam conseguí-lo.

segunda-feira, outubro 01, 2007

INMET - Horário de Verão

INMET - Horário de Verão

Estados que participam do horário de verão. São eles:

Distrito Federal
Espirito Santo
Goiás
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Paraná
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
São Paulo